Casal é preso suspeito de comprar mais de R$ 2 milhões em gado com cheques sem fundo
Assessoria
A Polícia Judiciária Civil de Barra do Garças/MT, por intermédio da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos – DERF/BG, com apoio irrestrito dos Núcleos de Inteligência das Regionais de Barra do Garças e Guarantã do Norte, conduzidas respectivamente pelos delegados Adilson Gonçalves de Macedo e Geraldo Gezoni Filho, conseguiram cumprir 02 (dois) mandados de prisão preventiva expedidos pela 2a Vara Criminal de Barra do Garças/MT, em desfavor de Evandro Teodoro de Andrade Filho, vulgo Vandinho, 52 anos, e Marcela Cristina Santana, 38 anos, ambos pela prática de crime de estelionato em concurso material.
Durante as investigações, que foram presididas pelo delegado titular da DERF/BG, Wilyney Santana Borges, restou evidenciado que o suspeito Evandro, comprador de gado na região, após ganhar a confiança dos produtores, fez a aquisição de pelo menos 500 cabeças de bovino em diversas propriedades da região do Araguaia, incluindo municípios vizinhos do Estado de Goiás, pagando com cheques pré-datados para 30 e 60 dias, emitidos pela suspeita Marcela.
Após a aquisição do gado pelos suspeitos, que já era embarcado no ato do negócio, o produtor rural que estava vendendo os animais retirava a GTA e Nota Fiscal, colocando nos documentos que os bovinos seriam transportados para arredamentos rurais que possuíam nos Municípios de General Carneiro/MT, Pontal do Araguaia/MT, Torixoréu/MT, Baliza/GO e Piranhas/GO, contudo, rapidamente os suspeitos levavam o gado para venda em leilões da região, desfazendo dos animais antes que os cheques não fossem compensados pelo banco.
Evandro e Marcela, sabendo que os cheques não iriam ser pagos, transferiram os patrimônios que possuíam para o nome de terceiros, evitando assim possível execução cível na cobrança dos cheques sem fundos. Segundo o delegado Wilyney, uma equipe da DERF/BG deverá se deslocar até a cidade de Guarantã do Norte/MT para fazer o recambiamento dos presos para a Comarca de Barra do Garças/MT, uma vez que serão necessárias diligências complementares, visando a finalização das investigações.
A operação recebeu o nome de “Boi Voador”, uma vez que a aquisição do gado era feito com cheques sem fundos.