Polícia Civil desarticula quadrilha que aplicou golpe no comércio de Barra do Garças

PJC-MT

A Polícia Judiciária Civil, por intermédio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), cumpriu na quarta-feira (19), um mandado de busca e apreensão em uma residência localizada na cidade de Barra do Garças/MT, logrando êxito em apreender farta documentação, holerites, boletos bancários, HDs, aparelhos e celulares.

Dentre outros objetos, conseguindo assim provas robustas para comprovação dos delitos investigados em inquérito policial em trâmite na delegacia que apura crimes de estelionato, associação criminosa, falsificação de documentos particulares e receptação.

As investigações iniciaram em outubro/2019 quando a delegacia foi procurada por dois envolvidos no esquema criminoso, os quais colaboraram com as investigações.

Os policiais descobriam que a quadrilha envolvida no esquema já estava atuando nos golpes há mais de um ano e neste período pelo menos 14 lojas e cinco instituições financeiras foram vítimas dos suspeitos, causando um prejuízo estimado em 200 mil reais.

O esquema foi idealizado por um dos envolvidos do grupo criminoso, o qual convidava outras pessoas para participar de uma empresa criada para praticar delitos. Ele dizia ser Hacker e que conseguia acessar os bancos de dados das empresas de negativação de crédito e retirar os protestos pelo não pagamentos de dívidas.

Sendo assim, propunha aos seus comparsas que usaria os documentos dos envolvidos, aproveitando do Score para fazer crediários nas lojas da cidade e posteriormente adquirir produtos parcelados em boletos, os quais não eram pagos.

Estes objetos eram vendidos em classificados e o dinheiro rateado em os membros da associação criminosa. Além das lojas eles abriam contas em instituições financeiras e conseguiam aprovação de limites utilizando de holerites falsificados, sacando o dinheiro e fazendo o rateio.

Segundo os Delegados Nelder Martins e Wilyney Santana Borges Leal que presidem as investigações, este pode ser o maior esquema montado na região do Araguaia para lesar o comércio, que acaba ficando no prejuízo, pois os boletos não são pagos.

Até o momento, segundo os delegados, já foram identificados pelos menos 28 pessoas com envolvimento no esquema criminoso. As investigações prosseguem com a análise dos documentos e objetos colhidos durante o mandado de busca e apreensão.