Sesi e Senai fecham unidades em MT após corte determinado por governo federal; Barra na lista

G1 MT

A Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) anunciou, nesta quinta-feira (7), o fechamento das unidades do Sesi e do Senai em três municípios do estado, por causa do corte de 50% determinado pelo Governo Federal sobre a contribuição compulsória das indústrias ao sistema. Com o fechamento, haverá remanejamento de pessoas e também cortes de vagas nas duas instituições, afetando cerca de 15% do total dos profissionais.

De acordo com a Fiemt, as unidades físicas do Sesi e Senai de Cáceres e Juína serão fechadas, assim como o Senai Barra do Garças. O fechamento será imediato em Barra do Garças e Juína. Em Cáceres, todas as atividades existentes ficarão concentradas na unidade do Senai até que sejam concluídas e a unidade também suspenda o funcionamento.

Também será suspensa a inauguração da unidade Senai em Alta Floresta, que está em construção. Já em Rondonópolis, o Sesi vai funcionar no mesmo prédio da unidade Senai.

Segundo a Fiemt, o impacto do corte nos recursos somado à crise gerou uma perda de R$ 30 milhões ao Sesi e Senai de Mato Grosso neste ano. Isso corresponde a 20% da arrecadação prevista para todo o ano.

Por isso, as unidades que dependiam principalmente da contribuição compulsória estão sendo desativadas.

A diretora regional do Senai MT e superintendente do Sesi MT, Lélia Brun, explica que o fechamento das unidades foi o último recurso.

“Reduzimos a carga horária e os salários por 90 dias, reduzimos custos, renegociamos e cancelamos contratos com fornecedores, cancelamos eventos, proibimos despesas com viagens e diversas outras ações. Com o fechamento das unidades, buscamos remanejar o máximo de pessoas que pudemos, para minimizar a necessidade de cortes. Mas, infelizmente, a redução do recurso foi muito impactante para as nossas instituições”, ressalta.

A federação afirma que os atendimentos continuarão disponíveis em todos os municípios do estado, por meio das unidades móveis, atendimentos não presenciais ou nas próprias indústrias.