Com atentados, CV ameaça responder 3 mortes e prefeito seria alvo
RDNews
Região do Araguaia está em alerta, após circular na rede suposto “salve” da facção criminosa Comando Vermelho (CV), ameaçando responder com atentados a três mortes de criminosos em confronto com policiais, registradas esta semana. Baixas que a organização promete não deixar barato. O apurou que um dos alvos seria a residência do prefeito de Barra do Garças (a 509 km de Cuiabá), Roberto Farias (MDB), e prédios públicos, como a delegacia. E que o prefeito vai pedir providências à Segurança Pública, para salvaguardar sua integridade.
O delegado Williney Santana Borges, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Barra do Garças, confirmou a circulação dos áudios e verifica a veracidade deles.
Facção irritada
A gota d´água teria sido a morte de um afilhado de uma liderança do CV, na noite deste sábado (12). Ele é suspeito de ter participado de assalto com cárcere privado à casa de uma policial civil, escrivã, em Água Boa (a 741 km de Cuiabá), no dia 11 de agosto deste ano. Ela foi mantida refém.
Investigações levaram equipes conjuntas de Água Boa, Barra do Garças e Aragarças (em Goiás, na divisa) a empreenderem buscas em Barra Ao abordarem 4 suspeitos neste sábado, houve reação e troca de tiros, ficando um deles ferido e outro morto, o afilhado, conforme áudios aos quais reportagem teve acesso. “Vai ter uma represália sim, já vamo ficar na sintonia aí e quem for representar, o mérito vai ser reconhecido dentro da nossa herarquia”, teria dito um dos líderes. Outro, em solidariedade ao colega, fala em união do grupo. “Somos um só, uma camisa só”, teria dito membro do CV de Aragarças, em apoio aos demais que estão em Mato Grosso.
Esta morte seria a terceira envolvendo membros da facção no Araguaia. Na última quinta (10), dois suspeitos morreram em confronto com policiais militares da Força Tática, em Barra. Após denúncia, a PM chegou a Diego Oliveira, de 33 anos, e Maxsuel Pires, 31. Estariam armados, em uma moto Yamaha XT 660c, na área rural, a cerca de 60 km de Barra. Com a chegada dos policiais, houve confronto e ambos ficaram feridos e morreram no hospital. Tinham passagens por homicídio e tráfico de drogas.
Tais ações recentes por parte da segurança pública na região estariam incomodando a facção, que estariamsem contato com líderes que poderiam autorizar as ações, como o possível salve. “A PCE, o Pasqualzinho tá desativado, viu? Dái os mano pode tomar uma atitude isolada e pode falar de meter o terror dentro da cidade”, diz um dos áudios que estão sendo investigados.
OUTRO LADO
Em relação aos fatos divulgados sobre supostos ataques de uma facção criminosa em Barra do Garças, o site entrou em contato com o prefeito Roberto Farias e não obteve sucesso, mas a Assessoria Jurídica do prefeito informou que as providências já foram tomadas e confia no trabalho das forças de segurança.