Prefeito em MT precisa de “1 voto” para se reeleger em 2020
Folhamax
Enquanto políticos e candidatos em todo o Brasil “fritam os miolos” para traçar estratégias e alianças nas eleições de 2020, o prefeito da pequena Porto Alegre do Norte (MT), Daniel Rosa do Lago (PDT), não deve criar muitas “rugas” ou “cabelos brancos” neste ano.
O prefeito não terá adversários nas eleições de 2020 e irá precisar de um só voto para conseguir se reeleger. “Eu não tinha pretensão nenhuma de ser candidato, de ser político, de estar na gestão pública. Algumas pessoas me procuraram dizendo que eu teria que ser, mas não dá nem pra explicar o porque”, diz ele.
Daniel Rosa do Lago estreou na polícia em 2016 quando derrotou os favoritos na disputa daquele ano – “Cabeção” (PT), e Washington José (PSDB). Ele revela que ser reeleito neste ano de 2020 também não era prioridade entre seus projetos. “Tivemos um trabalho muito bom, e aí não teve candidato. Eu não teria até a pretensão de sair à reeleição, nunca tinha falado em ir para a reeleição, mas não teve candidato, nomes bons”, diz ele.
O atual chefe do poder executivo municipal soma uma alta aprovação entre os 12.685 habitantes de Porto Alegre do Norte, com 81,5% que consideram sua gestão “ótima ou boa”. Já para 16% dos moradores, a administração de Daniel Rosa do Lago é “regular”. “A gente tem também uma obrigação de fazer uma Câmara com os vereadores capazes, vou ter que trabalhar também a campanha deles, ajudar para que os eleitos sejam os mais eficientes, as pessoas mais comprometidas”, relata ele.
Porto Alegre do Norte é um município localizado no nordeste de Mato Grosso, inserida no vale do rio Araguaia. Com parte do acesso somente na estrada de terra, pela BR-158, e numa região com 13 municípios, que não possui um hospital estadual, a cidade carece de infraestrutura e serviços sociais que deveriam contar com a ajuda do Estado e da União.
O prefeito, porém, lamenta que os recursos estejam “escassos”. Ele revelou que o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, em visita à Sinop (500 KM de Cuiabá) acompanhando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na última semana, já adiantou que a “torneira fechou”. Daniel Rosa do Lago também estava no evento.
“Ele disse que já usou todo o dinheiro desse ano, então não tem como fazer mais nada, está difícil até para fazer o reparo no trecho de chão, não tem recurso”.