Corregedoria apura caso de delegado preso por ameaçar suposto amante
Olhar Direto
A Corregedoria da Polícia Civil apura o caso envolvendo o delegado T.D., 43 anos, preso por suspeita de ameaçar o suposto amante, durante uma confusão no bairro Residencial Lucia Maggi, em Rondonópolis (MT). Ao ser comunicada dos fatos, informou que adotará providências pertinentes no âmbito disciplinar.
Todos os envolvidos foram conduzidos à Central de Flagrantes na 1ª Delegacia do município e ouvidos pelo delegado plantonista. De acordo com a PJC, foram adotadas todas as providências legais sobre o fato e apenas um dos envolvidos decidiu pela representação criminal.
Foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência por ameaça. O TCO será encaminhado ao Juizado Especial do Poder Judiciário local.
A confusão aconteceu por volta das 19h. Segundo boletim de ocorrência, o suposto amante estaria conversando por chamada de vídeo com o delegado. Logo depois, o agente apareceu na frente da casa do rapaz procurando por ele. Na ocasião, o delegado teria dito que queria ver o companheiro e afirmou para a mãe dele que o mataria, caso não aparecesse.
Enquanto a mulher conversava com o delegado, o rapaz apareceu e ambos se agrediram. A mãe tentou separar a briga, mas foi empurrada pelo delegado, caiu no chão e teve lesões no braço. O delegado ainda teria ido até seu carro, pego uma arma de fogo e apontado para o companheiro. Logo depois, o delegado foi embora.
Ainda de acordo com o boletim, o delegado ainda tentou entrar em contato com a mãe do suposto amante por ligação, mas o rapaz impediu. Tempos depois, o delegado voltou ao portão da casa pedindo desculpas. “Conversa com minha mulher, para que eu não perca meu casamento”, descreve a ocorrência. A mãe continuou pedindo para que ele deixasse a residência, mas ele não ia embora.
A mulher também pediu que o delegado levantasse a camisa para comprovar que ele não estava armado e ele mostrou. Mas em determinado momento, o filho empurrou a mãe para que ela não ouvisse a conversa de ambos. A mulher caiu no chão e desmaiou.
Aos policiais, ela relatou que quando acordou, estava ao lado de outro filho. Zangado, ele foi até o delegado e o irmão perguntar o que ambos teriam feito com sua mãe. Eles não responderam, entraram no carro e saíram.
O irmão do suposto amante então chamou um amigo e saiu em busca do veículo. Ao passar por uma viatura da Polícia Militar, disse que o servidor público estava armado dentro do carro. Resistente, o agente disse que era um delegado de polícia e que não precisava de uma abordagem daquela forma.
Os militares pediram a identificação do delegado, porém ele alegou que estava em casa. Contudo, o suspeito contou que a arma estaria no interior de seu veículo. Ele tentou ir em direção ao carro, mas foi impedido.
A ocorrência ainda afirma que o delegado proferiu palavras de baixo calão e precisou ser algemado. O caso foi registrado como lesão corporal e ameaça.