Policia Federal de Barra do Garças revela que “barão do tráfico” está internado em UTI e que ostentação motivou investigação

O líder de um esquema de tráfico de drogas em Mato Grosso, desbaratado pela Polícia Federal na operação “Hot Money”, deflagrada nesta quinta-feira (20), está internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com 80% pulmão comprometido em decorrência da Covid-19. Ele não foi preso, mas é monitorado no hospital pelos agentes da Polícia Federal.

Conforme o delegado da PF de Barra do Garças, Murilo de Oliveira Freitas, o homem nunca havia sido preso. Ele entrou na mira do órgão quando passou a “ostentar” um alto padrão de vida na região.

Segundo o policial, o criminoso aparece em fotos tiradas durante a investigação mostrando dinheiro e até mesmo queimando cédulas que sacou do auxílio emergencial, do Governo Federal.  Além disto, até crianças apareciam brincando com maços de notas de R$ 50 e R$ 100 nas mãos sob olhares do bandido.

“Alguns desses criminosos vinham recebendo indevidamente esses auxílios emergenciais pagos, inclusive, desdenhando dos valores. Temos imagens com queima de dinheiro com carvão para acender o fogo, muito provavelmente desses valores, uma vez que os valores capitalizados pelo crime são muito maiores”, explicou o delegado.

Ainda segundo o delegado, não há indícios, até o momento, de que ele tenha vínculo com facções estruturadas, como Comando Vermelho ou PCC (Primeiro Comando da Capital).

A Operação “Hot Money” foi deflagrada para desarticular organização criminosa responsável por tráfico de drogas interestadual, na região do Vale do Araguaia. Ao todo, foram cumpridos 28 mandados judiciais expedidos pela Vara Criminal de Aragarças, nas cidades mato-grossenses de Barra do Garças, Cuiabá, Querência, Porto Esperidião e Pontes e Lacerda, também nas cidades de Aragarças e Jussara, em Goiás. Entre os mandados expedidos, 7 são de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão.

A Justiça determinou também o sequestro da totalidade de valores mantidos em conta bancária de 11 pessoas, além de veículos, em razão da alta movimentação de valores em espécie realizada pelos investigados. O valor total de bens sequestrados e dinheiro em espécie aprendido com o propósito de descapitalizar a organização está sendo apurado com a deflagração da operação.

 

Folha Max.