Soldado PM condenado a mais de 15 anos de prisão por sequestro e assalto a banco é excluído da corporação
Uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso realizada em sessão de julgamento no último dia 22, determinou a exclusão do Policial Militar Emanuel Pereira da Silva Filho, das fileiras da corporação.
Conforme o Ministério Público, o militar foi condenado a 15 anos e 4 meses de prisão em regime fechado em 2015 e somente agora, mais de 6 anos depois, teve sua exclusão determinada.
Os crimes praticados pelo militar e sua condenação fez com que o Ministério Público ingressasse com uma representação pela perda do cargo.
Atendendo ao pedido do MP-MT, a Turma de Câmaras Criminais Reunidas do Tribunal de Justiça (TJMT) determinou a demissão do soldado da Polícia Militar, vez que inadmissível um servidor condenado em 2015 se manter no cargo por tanto tempo.
Ele, Emanuel Pereira da Silva Filho, foi condenado por furto qualificado, sequestro e roubo mediante uso de arma de fogo. O PM foi sentenciado a 15 anos e 4 meses de prisão em regime fechado, mas não havia sido excluído das fileiras da corporação.
Os magistrados da Turma de Câmaras Criminais Reunidas seguiram por unanimidade o voto do desembargador Gilberto Giraldelli, relator da representação no Poder Judiciário Estadual.
Em resposta à representação, a defesa do soldado PM não negou a autoria dos crimes, mas argumentou que Emanuel Pereira da Silva Filho possui ao todo “16 notas de elogios, sem qualquer registro que o desabone”. Em seu voto, porém, Gilberto Giraldelli não concordou com as alegações, e ponderou que a permanência do servidor público da segurança pública causa “desonra” à Polícia Militar de Mato Grosso.
“A natureza dos comportamentos adotados pelo representado, a par do transcurso de tempo da sua ocorrência, traduz desonra, desrespeito e intolerância não só com a administração pública militar, mas com a sociedade em geral devendo, pois, ser excluído das fileiras da corporação”, ponderou Giraldelli.
De acordo com informações do processo, Emanuel Pereira da Silva, com a ajuda de outros três comparsas, invadiu uma agência dos Correios em Nova Guarita (675 KM de Cuiabá), para roubar a CPU de um computador que continha dados de registros. O crime ocorreu em 31 de janeiro de 2011.
No dia seguinte, em 1º de fevereiro de 2011, ainda no município de Nova Guarita, a quadrilha comandada pelo policial utilizou armas de fogo para roubar a residência de um casal – inclusive acorrentando a filha pequena deles. Levando o homem como refém, o soldado PM, juntamente com seus três comparsas, entrou numa agência do Banco do Brasil localizada no município “fortemente armados, subjugando todas as pessoas que ali se encontravam e exigiram a abertura do cofre com a entrega de valores”.
A ação, porém, foi frustrada por um “colega” do policial, que na troca de tiros com os bandidos que assaltavam o banco acabou sendo ferido no braço. Emanuel Pereira da Silva Filho acabou sendo desmascarado após a prisão de um dos membros da quadrilha, que confessou a participação do PM nos crimes.
Agencia da Noticia com reprodução.