Município do Vale do Araguaia registra uma morte por homicídio em 3 anos

De acordo com a Superintendência do Observatório de Segurança Pública, da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SESP-MT), o único registro ocorreu com o crime acontecido em 2020. Já em 2018, 2019 e 2021 não houve registros.

 

Em três anos, foi registrada apenas uma morte por homicídio em Luciara, região do Araguaia, conforme dados da Superintendência do Observatório de Segurança Pública, da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SESP).

De acordo com a secretaria, o único registro ocorreu com o crime acontecido em 2020. Já em 2018, 2019 e 2021 não houve registros.

Para o sociólogo e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Naldson Ramos, são diferentes fatores que podem agravar um quadro de violência em uma cidade.

“São fatores como tráfico de drogas, presença de facção criminosa, desemprego, circulação de armas de fogo e branca, falta de mobilidade social e ausência de jovens nas escolas. Já fatores subjetivos são machismo e autoritarismo nas relações interpessoais”, explicou.

Ramos contou que as causas para se prevenir a violência são questões mais complexas e que exigem esforço conjunto de toda a sociedade por meio de políticas públicas eficientes.

“O que leva à prevenção é uma cidade coesa, de sociabilidade bem próxima, quando todos se conhecem e se cumprimentam. Onde tem grupos que trabalham com palestras, tem rede escolar funcionando, com assistência à saúde e social. São fatores que contribuem para prevenir a violência. Uma cidade que absorve boa parte da mão de obra”, disse.

Apesar dos dados apontarem para um cenário favorável em Luciara, segundo Ramos, o ideal seria não ter nenhuma morte.

“Tendo um homicídio é uma taxa alta, por incrível que pareça, quando você pensa no número da população. Se tivesse dois homicídios lá, isso dobraria a taxa. Já dá uma minimizada, mas não é uma taxa baixíssima. Lá são 2 mil habitantes, não era para ter nada. Claro que essa possibilidade é praticamente inexistente no Brasil todo, porque ainda temos uma cultura baseada na violência”, afirmou.

Folha Max