“Festinha” de PMs em quartel com churrasco, mulheres e bebidas termina em pancadaria e garrafadas
Quatro policiais militares se envolveram em uma pancadaria no quartel da corporação, no Distrito de Conselvan, em Aripuanã, a 1.465 km de Barra do Garças e a 1.002 de Cuiabá, após realizarem uma festa regada a álcool e na companhia de várias mulheres. O caso aconteceu na segunda-feira (28) durante o carnaval e divulgado somente agora.
Os três soldados e o sargento que comanda o batalhão decidiram fazer um churrasco para celebrar o Carnaval e chamaram umas garotas.
Um dos soldados foi a uma distribuidora e comprou 4 caixas de cerveja e 4 quilos de carne, além de carvão.
O boletim de ocorrência narra que um dos soldados foi agredido e ameaçado pelos seus companheiros de farda durante a festa.
O soldado relatou que no dia dos fatos, o distrito estava sem energia, mas um dos superiores avisou que três mulheres iriam até lá para beber cerveja e assar carne e, umas delas, estava ‘arranjada’ para o soldado e mais dois colegas.
O superior então deu ordem para que fosse até uma distribuidora e comprasse quatro caixas de cerveja, quatro quilos de carne e um saco de carvão para a ‘festinha’. Ele foi e trouxe os produtos. Durante a festa, todos fizeram uso de bebida alcoólica.
Por volta da 1h, o soldado disse ao superior que estava cansado e iria dormir em sua casa, que fica ao lado da unidade. Uma das mulheres se ofereceu para acompanhar o policial até a residência e, em seguida, voltou para a festa.
Logo depois, o soldado lembra que deixou o celular carregando no quartel e, quando voltou para pegá-lo, ouviu o colega o xingando de “vagabundo, babaca, sem futuro”, entre outros nomes.
O soldado questionou os xingamentos, mas o policial disse que não estava falando dele. Irritado, o soldado acusou o colega de furtar uma moto do pátio do quartel para vendê-la a outro homem.
Neste momento, eles entraram em vias de fato começaram a trocar socos.
Um dos policiais interfere e começa a enforcar e dar vários murros no PM. O superior também chegou na unidade e acabou dando golpes no rosto do rapaz.
Para se proteger, ele pegou uma garrafa, jogou contra o primeiro desafeto e conseguiu fugir.
Durante as agressões, o soldado alegou ter sido ameaçado de morte.
Já durante a manhã, ele voltou para casa e a encontrou toda revirada.
No boletim, ele acusou os companheiros de farda de pegarem suas armas para desprotegê-lo. O rapaz estava com diversos hematomas no rosto, braços e pernas. Além disso, reclamava de dores no pescoço, por conta do estrangulamento que sofreu.
Os outros policiais também registraram boletim de ocorrência contando versão diferente. Um deles disse que o amigo voltou de sua casa e já começou a agredi-lo, com socos e depois com a garrada. Os amigos entraram para conte-lo, não obtendo sucesso.
O caso foi registrado e deve ser investigado pela Policia Civil e Corregedoria da PM.
Foto Ilustrativa.
Reporter MT com Folha Max