Advogado é preso tentando entrar com drogas em penitenciária

O advogado A.C.C.F., de 46 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira (21) tentando entrar com drogas na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá. O entorpecente estava escondido em garrafas de produtos de limpeza e higiene pessoal. 

 

Conforme o boletim de ocorrência, o profissional se apresentou na penitenciária às 9h40 para levar alguns pertences a uma detenta.

 

Quando os produtos passaram pelo raio-X foram detectados objetos “estranhos” dentro de três garrafas transparentes. Nelas havia creme de cabelo e sabão em pó.

 

O advogado foi chamado para acompanhar a abertura das garrafas e, quando elas foram cortadas, os policiais penais encontraram porções embaladas de maconha e cocaína.

 

A Secretaria de Estado de Segurança Pública confirmou a ocorrência. “O advogado acabou sendo detido pela Polícia Penal no momento da revista e foi encaminhado para a Delegacia de Repressão a Entorpecente (DRE), para investigação”.

 

Já era fichado

 

A.C.C.F. já tem uma passagem pela acusação de corrupção ativa. O crime aconteceu em 2015, quando ele teria tentado subornar um policial militar para que dois clientes fossem liberados.  

 

A dupla estava correndo pela Avenida Filinto Muller no Bairro Santa Helena. Quando viram a viatura, tentaram fugir de uma possível abordagem.

 

Com eles a Polícia encontrou uma arma de fogo calibre 38 com seis munições, além de uma mochila contendo ferramentas e um aparelho bloqueador de sinal. Na residência de um deles mais produtos ilícitos foram encontrados.

 

Segundo o boletim de ocorrência, o advogado ligou no celular de um dos suspeitos e quem atendeu foi um policial. Ele perguntou, segundo o documento, “como poderiam negociar a liberação” dos clientes.

 

A.C.C.F. teria continuado a conversa dizendo que “queria negociar, pois estava com uma quantia de R$ 2.500 para fazer o negócio”.

 

O militar teria informado que levaria a dupla ao Cisc do Planalto. O advogado teria, então, pedido que eles aguardassem a sua presença para realizar o boletim de ocorrência.

 

Conforme o documento, o advogado ligou várias outras vezes pedindo para que fossem liberados os materiais encontrados, incluindo a arma.

 

Assim que chegou à unidade, ele teria entregue a quantia mencionada na ligação para um dos militares. Nesse momento foi efetuada a prisão em flagrante pelo crime de corrupção ativa.

 

“Ofereceu vantagem indevida na tentativa de subornar a guarnição para que seus clientes fossem liberados bem como os materias apreendidos”, diz trecho do boletim de ocorrência.

 

 

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