Lutador é condenado a 26 anos de prisão por tortura e morte de suposto assaltante
g1
O lutador de MMA Márcio Rogério de Souza Pinto foi condenado a 26 anos de prisão por tortura, homicídio e ocultação de cadáver. O Tribunal do Júri de Planaltina o considerou culpado pela morte de Elton Antunes Nascimento, que foi torturado e assassinado por asfixia, em maio de 2018, em Planaltina.
De acordo com denúncia do Ministério Público do DF, os crimes foram motivados por vingança, já que Márcio Rogério e outros quatro acusados acreditavam que a vítima teria roubado uma bicicleta de um deles. Os outros envolvidos já tinham sido condenados em novembro do ano passado.
– FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
– FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
Preso desde 2020, o lutador negou o envolvimento nos crimes durante interrogatório. No entanto, o júri decidiu pela condenação dele. Cabe recurso, mas o réu não poderá recorrer em liberdade.
O g1 acionou a Defensoria Pública do DF, que representa de Márcio Rogério de Souza Pinto, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.
De acordo com o MP, além de matar Elton Nascimento, o grupo manteve em cárcere privado, por cinco horas, uma mulher que estava com ele. As investigações apontaram que, antes de ser morto por enforcamento, o homem foi torturado com pedradas e jatos de água.
Prisão
Em novembro de 2020, Márcio Rogério foi preso pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, em uma operação conjunta com a corporação do DF. Contra o lutador, existiam seis mandados de prisão em aberto, por crimes ocorridos em Planaltina.
À época, ele era apontado como líder de um grupo criminoso, envolvido com tráfico de drogas, sequestros, roubos, extorsões, entre outros. Segundo as investigações, o grupo chegou a construir uma cisterna para torturar e matar pessoas com dívida de drogas.
No período de fuga, segundo a polícia do Rio, Márcio passou por países como Paraguai e Uruguai, até que, em novembro de 2020, o monitoramento do setor de inteligência da corporação mostrou que ele havia retornado ao Rio de Janeiro.
Os envolvidos foram julgados separadamente, porque, incialmente, Márcio Rogério não foi localizado pela Justiça e teve o processo suspenso. Apenas após a localização dele, a ação pode ser retomada.