TCU deve decidir hoje se empresa pública de MT pode assumir concessão da BR-163
Rafael Machado
Repórter | Estadão Mato Grosso
O governador e candidato à reeleição Mauro Mendes (União) viajou a Brasília nesta quarta-feira, 28 de setembro, para acompanhar o julgamento de uma proposta que tramita no Tribunal de Contas da União (TCU) com o intuito de permitir que uma empresa pública estadual assuma a concessão da BR-163. O anúncio foi feito durante o debate entre os candidatos ao governo realizado pela TV Centro América, na noite de terça-feira, 27 de setembro.
A intenção é que o governo, através da MT Par (MT Participações e Projetos), possa assumir o controle da concessionária que administra a rodovia, a Rota do Oeste. Mendes comentou que o projeto está sendo construído há 10 meses na tentativa de resolver um problema que, segundo ele, não é do governo estadual.
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“O governo está de forma silenciosa trabalhando há 10 meses para achar uma solução de um problema que, em tese, não é nosso. Isso é um problema do governo federal, é uma concessão federal, é uma rodovia federal, mas a consequência é nossa. Cobrei muito, cobrei do ministro Tarcísio [de Freitas, ex-ministro de Infraestrutura], falei com diversas autoridades federais, mas não conseguiram encontrar uma solução”, destacou.
Mauro comentou que a proposta apresentada foi considerada inovadora e ousada, mas ainda faltam alguns detalhes a serem discutidos em Brasília, com a Casa Civil do governo federal, além do Banco do Brasil e a Caixa Econômica.
“Eles [governo federal] tinham um problemaço nas mãos que era uma relicitação que vai demorar cinco anos para ter obras nessa rodovia. Quantas pessoas irão continuar morrendo aqui nessa rodovia, quanto prejuízo para Mato Grosso, para esperar cinco anos para começar a ter obra”, ressaltou.
A discussão sobre o tema é antiga, mas ganhou força após o Ministério da Infraestrutura emitir parecer favorável – a pedido da concessionária Rota do Oeste, que atualmente administra a rodovia – à devolução amigável da estrada e dos últimos acidentes com mortes que foram registrados no trecho na estrada. Muitos políticos defenderam a ideia de que o trecho da rodovia fosse passado para responsabilidade do Estado.