Juarez: “Não pedir voto a Bolsonaro prejudicou MDB no Estado”

O deputado federal reeleito Juarez Costa (MDB) afirmou que o desempenho nas urnas da chapa federal e estadual da sigla em Mato Grosso poderia ter se saído melhor caso o diretório nacional tivesse liberado os candidatos a anunciarem apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

Nacionalmente, a sigla lançou a senadora de Mato Grosso do Sul, Simone Tebet, para a disputa presidencial e obrigou todos os membros a apoiá-la. Ela terminou a disputa em terceiro lugar, com 4,16% dos votos.

  

“Evidentemente, puxou para baixo os votos tanto de federal como de estadual. Aqueles que não assumiram o 22 [número de Bolsonaro] por fidelidade partidária, pagaram esse preço. Ainda assim, o partido saiu fortalecido”, disse Juarez à imprensa.

 

“Eu apoio o Bolsonaro e não pude abrir e isso me prejudicou, porque tinha a candidatura da Simone Tebet. Eu sou de uma região muito bolsonarista, e não poder falar do Bolsonaro, nos tirou bastante voto”, acrescentou.

 

Em Mato Grosso, o MDB conseguiu ampliar a bancada de deputados estaduais e eleger quatro. Já na Câmara Federal, onde atualmente ocupa três cadeiras, a sigla conseguiu eleger apenas dois.

 

Segundo turno

 

Neste segundo turno, em que Bolsonaro duela com ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o MDB liberou os filiados. Juarez disse que deve percorrer o estado pedindo votos ao atual presidente.

 

“Vou de Bolsonaro. Vou andar os municípios, agradecer os votos e aproveitar para pedir voto pro presidente”, disse.

  

“A melhor estratégia é correr atrás de quem não foi na urna. Eu não vejo ninguém – que já é Lula e Bolsonaro – mudando o voto. Então, temos que buscar quem não foi às urnas, porque a abstenção foi muito grande, e o segundo turno tem uma tendência de piorar o comparecimento na urna”, completou. 

 



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