Lúdio diz que aliança com Márcia e Neri foi “forçação de barra”

O deputado estadual reeleito Lúdio Cabral (PT) afirmou que a federação de esquerda (PT, PCdoB e PV) forçou a barra ao escolher a primeira-dama Márcia Pinheiro (PV) e Neri Geller (PP) para disputarem as majoritárias no Estado.

 

Marcia terminou a eleição em segubdo lugar, com pouco mais de 16% dos votos, quase empatada com o terceiro lugar, o pastor Marcos Ritela (PTB). Já Neri teve a candidatura barrada pela Justiça Eleitoral.

  

“O problema não é você fazer aliança, a questão é você forçar a barra e fazer uma aliança que não tem muito sentido. Não tem sustentação. E o resultado da eleição demonstrou isso”, disse Lúdio.

 

“Com todo respeito a quem tomou essa decisão, mas era evidente que era uma aliança que não tinha liga, o eleitor é inteligente”, acrescentou.

 

Para o deputado, a respostas nas urnas teria sido diferente caso a esquerda tivesse organizado uma chapa com apenas candidatos do PT. Inclusive, poderiam ter melhorado o percentual de votos no candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva.

 

“Nós poderíamos ter dialogado muito melhor com eles [eleitores], se tivéssemos construído uma chapa majoritária com candidato ao Governo e ao Senado do PT ou de um partido de esquerda identificado com a candidatura do Lula”, explicou.

 

Aliança nacional

 

Diferente do que ocorreu em Mato Grosso, Lúdio defendeu a escolha de Lula ao trazer Geraldo Alckmin (PSB) como seu vice-presidente na campanha. Por anos ambos foram adversários políticos, chegando a disputar a presidência um contra o outro.

 

Segundo o deputado, houve coerência nesta aliança, pois o candidato petista tinha a intenção de passar uma mensagem de esperança e união ao eleitorado brasileiro.

 

“Dois adversários políticos, disputando a mesma eleição e unidos para gente poder recuperar a civilidade, a conivência pacífica. O respeito à diferença na política, para virar essa página de ódio. Tem um sentido a nossa chapa nacional”, explicou.



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