Mauro promete “segurar contas” para atravessar período de recessão mundial

Felipe Leonel

Repórter | Estadão Mato Grosso

O governador Mauro Mendes (União Brasil), reeleito para mais quatro anos à frente do governo de Mato Grosso, afirmou que vai continuar segurando as despesas do governo para fazer sobrar recursos para serem destinados para investimentos no seu segundo mandato, principalmente em infraestrutura. A afirmação foi feita após o gestor ser reeleito, com 68% dos votos, na noite de domingo, 2 de outubro.

Dentre os investimentos que devem ser priorizados estão algumas obras já em andamento, como a construção de seis hospitais regionais, assim como a implantação do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido) em Cuiabá e Várzea Grande. Outros compromissos que o governo assumiu também devem ser prioridades, como a duplicação da BR-163, cujo documento oficializando a transferência para o governo estadual deve ser assinado nesta terça-feira (4).

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Em conversa com jornalistas, o gestor também lembrou que sua gestão até aqui foi focada no equilíbrio fiscal do Estado e enfatizou que pretende continuar administrando tendo como meta essa estabilidade.

“Eu não vou sair da linha que eu sempre adotei. O governo vai continuar sendo técnico, que prioriza o cidadão, os investimentos em prol da sociedade, buscando sempre a eficiência”, afirmou.

Na prática, Mauro pretende manter as contas do Estado com uma boa solidez fiscal, garantindo os investimentos em infraestrutura de olho na atração de mais recursos da iniciativa privada, principalmente na industrialização da produção agrícola. Outra preocupação do gestor é o risco de recessão econômica que assola a Europa e os Estados Unidos, podendo lançar ‘ondas de choque’ sobre a economia brasileira.

“Existe uma crise econômica mundial em curso. A Europa está entrando em recessão, Estados Unidos também. Isso, seguramente, vai afetar o Brasil. É momento de ter prudência, ter cautela, saber administrar com muita propriedade o recurso, planejar muito bem para tentar passar por essa crise trazendo o menor dano possível pra Mato Grosso”, disse Mauro.

O gestor também lamentou as medidas aprovadas recentemente pelo Congresso Nacional, que já causam impactos na arrecadação estadual, o que torna ainda mais necessário, na visão do governador, a prática de uma gestão enxuta e eficiente. A expectativa é que a crise que se aproxima, em especial a recessão global, se inicie nos últimos meses de 2022 e se estenda pelo ano de 2023, com recuperação prevista apenas para 2024.

Diante disso, a ideia do governador é garantir ambiente favorável aos negócios em Mato Grosso, com oferta de infraestrutura logística e impostos já reduzidos para que a inciativa privada ‘faça sua parte’, gerando empregos e mais arrecadação para os cofres públicos.

“Agora, para isso tem que ter um Estado responsável e com dinheiro no caixa, porque sem dinheiro não tem política pública, não tem investimento, não tem amparo social. A maior política que um governante pode fazer é do equilíbrio fiscal, manter as contas em dia, pagar corretamente os seus fornecedores, porque quem paga corretamente, compra bem”, conclui.



Estadão MT