VÍDEO: Roberto Jefferson atira contra policiais federais e dois ficam feridos

Reprodução | Twitter

O ex-deputado federal Roberto Jefferson atirou contra agentes da Polícia Federal nesta manhã de domingo, 23 de outubro, durante uma troca de tiros em sua residência. Os agentes estavam no local para dar cumprimento ao mandado de prisão contra o ex-deputado. A residência fica em Levy Gasparian, no Rio de Janeiro. As informações foram compartilhadas pela filha do político, a também ex-deputada federal Cristiane Brasil, em sua conta no Twitter.

Segundo o g1, dois policiais ficaram feridos: o delegado Marcelo Vilella, cabeça e perna, e a policial Karina, ferida na cabeça. Nenhum dos dois corre risco de morte e ambos já receberam alta.

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O perfil da ex-deputada saiu do ar há poucos minutos. Logo após a informação começar a ser veiculada na imprensa, Jefferson publicou um novo vídeo afirmando que não atirou contra os policiais, mas contra a viatura e próximo aos agentes.

No vídeo compartilhado por ele mesmo, o ex-deputado monitora a chegada dos policiais federais pelas câmeras de segurança e diz que não irá se entregar. 

“As violências do Xandão [ministro Alexandre de Moraes]. A minha raiz plantada. O que eu quero, vocês sabem! O jogo que eu jogando, vocês sabem. Eu não vou me entregar! Eu não vou me entregar porque acho um absurdo! Chega! Me cansei de ser vítima de arbítrio, de abuso… infelizmente. Eu vou enfrentá-los”, diz.

O ex-deputado ainda classifica a postura como um sinônimo de luta pela democracia e liberdade. Mais: na tentativa de inflar os ânimos, o ex-político ressalta várias vezes que deixa seu exemplo, já sinalizando que pode até mesmo ser atingido em uma eventual troca de tiros.

“Mostrar a vocês que o pau contou. Eles atiraram em mim e eu atirei neles, ó. Estou dentro de casa, mas eles estão me cercando. Vai piorar! Vai piorar muito, mas eu não me entrego! Chega de abrir mão da minha liberdade em favor da tirania, não faço mais isso!”, disse Roberto Jefferson em outro vídeo após a troca de tiros.

O ex-deputado cumpre prisão domiciliar por  causa de uma organização criminosa, investigada por incitar atentados contra o Estado Democrático de Direito. Ele estava proibido de, entre outras coisas, usar as redes sociais.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) expediu novo mandado de prisão contra o deputado por ele aparecer nas redes xingando a ministra Cármen Lucia. As ofensas do ex-deputado contra a ministra repercutiram em todo o país, dado às baixíssimas palavras utilizadas.

ESTOPIM

Antes de ter a conta derrubada, a ex-deputada Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson, afirmou que o pai não se entregará e que este é só um exemplo do que deve começar a acontecer no país, caso aconteça algo a seu pai.

“Isso é só o estopim do que vai acontecer daqui pra frente, caso aconteça alguma coisa com o meu pai. O que eu tenho a dizer pra vocês é que ele não vai se entregar. O meu pai não se entrega! Acabou! A masmorra pra ele, acabou. Ninguém vai calar a voz de um inocente que diz a verdade. Pode não ser o vocês concordam, mas é a verdade. Tudo o que eu queria dizer, ele fala! E eu, e mais uma galera, vamos lutar por ele e por todos os brasileiros”, afirmou a ex-deputada.

Jefferson e a filha fazem parte do grupo que tem sido alvo da Justiça por seus constantes ataques à Democracia, aos Poderes e seus representantes. O STF tem agido para coibir as manifestações desses grupos, que têm crescido em adesão por todo o país.

Especialistas divergem sobre as ações do Judiciário. Enquanto alguns apontam que o Poder está cumprindo seu papel, outros chamam as ações de “ativismo judicial”, citando não existir previsão legal para tais coibições.

REPÚDIO

O presidente Jair Bolsonaro, ídolo dessas linhas de ativismo, repudiou os ataques de Roberto Jefferson à ministra Cármen Lúcia e sua troca de tiros contra os policiais federais. O presidente também repudiou a instauração de inquéritos sem base na Constituição e sem atuação do Ministério Público.

Bolsonaro determinou que o ministro da Justiça, Anderson Torres, vá ao Rio de Janeiro para acompanhar a situação.  

 

 

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Estadão MT