VÍDEOS: À PF, servidor exonerado pelo TSE relata falhas em fiscalização de propagandas eleitorais
José Cruz | Ag. Brasil
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) exonerou o servidor Alexandre Gomes Machado, assessor de gabinete da Secretaria Judiciária da Secretaria-Geral da Presidência, órgão responsável pela coordenação do pool de emissoras que veiculam a propaganda eleitoral. A exoneração acontece em meio à denúncia da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), de que estaria sendo prejudicada por um boicote de emissoras de rádio, principalmente no Nordeste.
A informação foi divulgada pela CNN Brasil, que entrevistou o servidor com exclusividade (veja abaixo). Segundo a CNN, Alexandre cuidada do pool de emissoras de rádio e procurou a Polícia Federal imediatamente após ser exonerado, alegando se sentir vítima de abuso de autoridade.
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Em seu depoimento à PF, Alexandre afirma que tem denunciado falhas na fiscalização e acompanhamento da veiculação de inserções de propaganda eleitoral gratuita.
“Até a data de hoje estava ocupando a função de assessor do gabinete da Secretaria Judiciária do TSE; que na data de hoje, sem que houvesse nenhum motivo aparente, foi exonerado do cargo e conduzido por seguranças para o exterior do tribunal, tendo ainda que entregar seu crachá de servidor. Que acredita que a razão da sua exoneração seja pelo fato de que desde o ano de 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existem falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções da propaganda eleitoral gratuita. que a fiscalização seria necessária para o fim de saber e as propagandas de fato estariam sendo veiculadas”, disse Machado no depoimento.
Alexandre afirmou ainda que, momentos antes de ser exonerado, recebeu um e-mail da emissora JM Online, confirmando que havia deixado de veicular em sua programação 100 inserções da Coligação Pelo Bem do Brasil, do candidato à reeleição Jair Bolsonaro. Alexandre afirma que comunicou o fato para sua Ludmila Boldo Maluf, chefe de gabinete do secretário-geral da Presidência do TSE, por meio de e-mail.
“[…] Que cerca de trinta minutos após esta comunicação foi informado, pelo seu chefe imediato, de que estava sendo exonerado”, diz o depoimento.
Na noite de terça-feira (25), a campanha de Bolsonaro apresentou ao TSE um relatório com mais informações sobre a denúncia de boicote nas rádios. O relatório cita oito emissoras, que teriam deixado de veicular pelo menos 700 inserções do candidato no segundo turno.
Em nota à CNN, o TSE afirmou que a exoneração de Alexandre Machado faz parte de uma série de mudanças que o presidente da Corte Eleitoral, Alexandre de Moraes, tem promovido em sua equipe após assumir o cargo.