Após uma semana de bloqueios, MT avalia aceitar Força Nacional para desobstruir vias
Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso
O governo de Mato Grosso analisa a oferta feita pelo Ministério da Justiça para ceder agentes da Força Nacional de Segurança Pública para colaborar na desobstrução dos pontos de bloqueios no estado feitos por manifestantes que não aceitam o resultado do segundo turno das eleições.
Desde o dia 30 de outubro até o último domingo, 06 de novembro, Mato Grosso teve mais de 80 pontos travados por protestantes, segundo o secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, durante coletiva de imprensa.
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Bustamante destacou que a tropa da Polícia Militar tem atuado para tentar destravar os bloqueios nas estradas estaduais, mas “está no limite”. Diante disso, a oferta do Governo Federal será analisada.
“O Ministério da Justiça encaminhou o documento para nós, estamos avaliando de acordo com a nossa necessidade, a Polícia Militar também está trabalhando diuturnamente. A tropa também está no limite porque está todo mundo sem folga então vamos avaliar a oferta do Ministério da Justiça de acordo com a nossa necessidade, essa resposta não foi dada ainda, mas a oferta já chegou para a gente”, disse.
Até o final da tarde de domingo, Mato Grosso não tinha nenhum ponto total de bloqueio, porém, na manhã desta segunda-feira, 07 de novembro, alguns trechos das estradas foram travados, como no km 1176, da BR-364, em Campos do Júlio onde a pista está totalmente bloqueada com pneus e manifestantes em ambos os sentidos.
Já na BR-163, os protestantes fecharam o km 691 da rodovia, próximo a Lucas do Rio Verde. Na BR-158 manifestantes fecharam parcialmente os km 141 (Confresa) e km 38 (Vila Rica). Além disso, existe concentração dos manifestantes em frente a 13ª Brigada, em Cuiabá.
Na última semana, o secretário Alexandre Bustamante comentou que o confronto para desobstruir vias foi pouco usado e os agentes têm negociado com os protestantes para deixar as vias e que concentrem suas manifestações nas margens.
“A população tem que entender que o direito de ir e vir também é consagrado como o direto de manifestação, nós não queremos embate, mas nós vamos cumprir o que a legislação determina e a consciência da sociedade, a consciência dos manifestantes, estão nos ajudando a fazer esse trabalho de forma harmônica, do mesmo que a gente está desobstruindo a gente quer que continue do jeito que está para que as polícias não tenham que usar uma força desnecessária”, destacou.
Visita
No domingo, o secretário nacional de Segurança Pública, Carlos Paim, o secretário de Operações Integradas, Alfredo Carrijo, e a diretora de Inteligência, Marília Alencar, todos vinculados ao Ministério de Justiça e Segurança Pública, estiveram no estado para conhecer a atuação das forças de segurança locais e colocar a estrutura do ministério à disposição de Mato Grosso.