Deputado de MT quer anulação de pleito e diz não ter medo de perder o cargo
Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso
Gilberto Cattani foi o sexto candidato a deputado mais votado, com 44.705 votos
O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) disse que ainda não recebeu nenhum posicionamento oficial do seu partido sobre o pedido para anular o resultado das eleições de 2022. Porém, caso haja comprovação de fraude, ele já adianta ser favorável à anulação do pleito, mesmo que isso signifique a perde de seu próximo mandato.
Ele foi o sexto candidato a deputado mais votado, com 44.705 votos, no pleito deste ano. Além disso, o PL foi o partido que conseguiu mais cadeiras nos poderes legislativos. Somente na bancada federal, a agremiação elegeu quatro deputados.
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Cattani comentou que a anulação, em caso de comprovação de irregularidades, não traz prejuízo a nenhum candidato eleito.
“Eu tenho conhecimento do que veio pela mídia, não me falaram nada diretamente, do PL não tem nenhuma nota oficial. Acho que cabe [pedido de anulação] em qualquer situação se, porventura, se acharem que exista alguma irregularidade cabe sim. Para nós [candidatos do PL eleitos] não é risco nenhum, não é perda de ganho, não é nada. Nós queremos eleições limpas, isso é ganho para o país. Eu não tenho medo nenhum”, disse em entrevista à imprensa nesta quarta-feira, 16 de novembro.
Apesar de não ter um posicionamento de seu partido sobre o assunto, ele pontuou que existem fatos a serem explicados em relação às eleições deste ano, como o fato de o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, não ter recebido nenhum voto em várias urnas.
“Não existe uma nota oficial do que eles vão se basear, mas você tem, por exemplo, lugares onde Bolsonaro não teve nenhum voto, tem as inserções, têm muitas coisas que não estão explicadas, o próprio código fonte. Por que não entrega? Se não deve nada, não tem nada a temer’, comentou.
Na terça-feira, 15, o site Antagonista divulgou que o partido vai pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a anulação das eleições. O pedido será baseado em autorias, sendo que uma delas diz, segundo a publicação, não ser possível validar resultados gerados em todas as urnas eletrônicas de modelos 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015. Informação que foi negada pelo próprio partido em nota enviada ao Correio Braziliense.