Empresas aderem a greve geral e fecham as portas no Estado
Um grande número de empresários mato-grossenses decidiu fechar as portas de seus negócios nesta segunda-feira (7) em uma greve geral convocada contra a vitória do presidente Lula (PT). Não há informação de quanto tempo as lojas permanecerão fechadas.
Em Sinop (distante a 500 km de Cuiabá), pelo menos 450 empresas aderiram ao movimento. São estabelecimentos comerciais de grande, médio e pequeno portes que comercializam centenas de produtos e prestam serviços em inúmeras áreas.
Empresas como Tecnoeste Máquinas, CV Agrícola e a gigante Attos Semente, do produtor e agricultor Odílio Balbinotti Filho, de Rondonópolis, aderiram à campanha.
Reprodução/ Redes Sociais
Bolsonarista, Balbinotti chegou a ser sondado para sair como candidato a governador no pleito eleitoral deste ano pelo PTB. Ele foi o 30º maior doador da campanha de 2022, destinando recursos para candidatos da direita.
Em Lucas do Rio Verde (332 km de Cuiabá) não foi diferente. Por lá, a expectativa é que cerca de 300 comércios fechem nesta segunda-feira.
Vilson Kirst, empresário e presidente da Associação Comercial e Empresarial do Município (Acilve), explicou que a manifestação acontece de maneira particular, não em nome de entidade.
“Até agora, são cerca de 300 empresas, de diversos segmentos. São muitas empresas que estão aderindo, de maneira particular, não em nome de entidade”, disse.
Em Nova Mutum, grande parte das empresas já manifestou adesão ao movimento. Uma reunião de alinhamento e diálogo foi realizada no último sábado (5) com os empresários e ficou decidido sobre a greve geral nesta segunda-feira.
A mesma coisa acontece em Sorriso. Comerciantes de diversos segmentos comunicaram que não abririam nesta segunda-feira. A quantidade, porém, não foi informada.
Em Cuiabá, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) informou ao MidiaNews que empresas na cidade teriam aderido ao movimento.
Questionada sobre quantas seriam estas empresas, a entidade explicou que “não tem como estimar a quantidade, pois trata-se de um movimento orgânico que não possui um ente por si só que esteja organizando”.
Por meio de nota, a CDL ainda afirmou que “respeita a individualidade e o direito de cada cidadão em manifestar-se de forma civilizada contra aquilo que não concorda e até mesmo fechar seu estabelecimento, assumindo a responsabilidade por seus atos”.
A greve geral é parte de um movimento nacional que contesta o resultado da eleição presidencial por não aceitar a vitória de Lula. Desde o dia 30 de outubro, milhares de pessoas se manifestam diariamente em todo o país alegando fraude no resultado do pleito.
Na semana passada, os bolsonaristas de todo o Estado bloquearam mais de 30 trechos de rodovias em Mato Grosso, em diversos municípios. As estradas só foram liberadas na sexta-feira (4), após seis dias de bloqueios.
Com faixas e cartazes pedindo, inclusive, “intervenção federal” e “acionamento das Forças Armadas”, bolsonaristas manifestam em frente à 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, na Avenida do CPA, desde a última terça-feira (2).
Nesta manhã, os protestos causaram transtorno aos moradores que se deslocavam para o Centro de Cuiabá.
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