“Estado está consternado, mas é preciso respeitar a democracia”

Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Botelho (União) afirmou que o Estado vive um momento de “consternação” após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição.

 

Desde o fim do segundo turno, no dia 30 de outubro, bolsonaristas fazem protestos em diversos municípios contra o resultado do pleito que elegeu o ex-presidente Lula (PT).

 

Apesar de entender o desagrado de parte da população mato-grossense, Botelho declarou que é preciso respeitar a democracia.

 

“Ninguém gosta de perder, mas faz parte do processo, temos que aceitar. O Estado de um modo geral está consternado, porque o Estado foi bolsonarista, todavia não é só o Estado, é o País inteiro”, afirmou em entrevista à rádio Conti.

 

Botelho também se mostrou contra a ideia dos manifestantes, que estão pedindo “intervenção federal” e o “acionamento das Forças Armadas” em frente aos batalhões do Exército.

 

Tendo vivido na época da ditadura militar no Brasil, o presidente da AL mais uma vez defendeu que a democracia é o melhor método político para todos.

 

“Acho que não é o melhor caminho [a intervenção]. O melhor caminho é a democracia e a democracia é a vontade da maioria. Esse é o processo que nós vivemos, que foi escolhido pela Constituição, pelo povo brasileiro, é o melhor que há no Mundo. Então, precisamos respeitar a democracia”, disse.

 

“Intervenção militar significa rasgar a Constituição. Significa cancelar as eleições e tomar o poder, tomar pela força das armas, não pela força dos votos. Eu, particularmente sou contra isso”, completou.

 

O deputado ainda pediu calma aos manifestantes e enalteceu o legado deixado por Bolsonaro na política nacional. Segundo ele, o presidente foi o responsável por despertar o patriotismo da população.

 

“Bolsonaro foi muito grande, deixou um legado muito grande. Um dos pontos que destaco é o civismo. Ele despertou novamente o amor à pátria, à bandeira, ao hino nacional”, declarou.

 

“Talvez daqui quatro anos ele possa voltar nos braços do povo, isso é a democracia. Se gosta tanto dele, trabalhe para ele voltar daqui 4 anos”, concluiu.

 

 



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