Governo de MT diz que Força Nacional não é necessária neste momento
O Governo de Mato Grosso não decidiu não requerer apoio da Força Nacional de Segurança para atuar contra manifestações que têm fechado rodovias no Estado. A informação foi repassada pelo governador em exercício Otaviano Pivetta (Republicanos) na manhã desta terça-feira (22).
O Estado chegou a ter mais de 30 pontos de suas rodovias interditados por manifestantes que não aceitaram a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de outubro. Hoje, segundo o Estado, há apenas um ponto de interdição, em Primavera do Leste.
A negativa do governador ocorre após o procurador-geral da República, Augusto Aras, encaminhar ao Estado, na segunda-feira (21), um ofício solicitando que o Paiaguás requisitasse o reforço. Segundo Pivetta, o ofício chegou até seu gabinete, mas foi negado.
Para ele, as forças de segurança do Estado – Polícia Militar, Civil e Corpo de Bombeiros, junto as efetivo da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal -tem efetivo suficiente para o caso.
“Por ora, achamos desnecessária a convocação das forças nacionais. Somos um Estado autônomo e estamos organizados. Temos policiais organizados e preparados”, afirmou Pivetta.
“Descartado não está. Se houver necessidade o governo certamente fará uso desse recurso, mas por enquanto não há essa necessidade, nós temos total controle do nosso território”, completou.
No sábado (19), 10 criminosos invadiram um posto da empresa Rota do Oeste em Lucas do Rio Verde, fizeram disparos e atearam fogo em uma viatura.
A possibilidade de reforço foi levantada após Aras se reunir com procuradores da República de Estados que concentram as manifestações, inclusive Mato Grosso.
Aras contatou o ministro da Justiça, Anderson Torres, a quem repassou os relatos apresentados pelos procuradores, destacando a situação do Estado.