Júri condena a 12 anos de prisão dupla que matou policial em VG
O Conselho de Sentença condenou os réus Alan Patrick Schuller e Wesdra Victor Galvão de Souza a 13 e 12 anos de prisão, respectivamente, pelo homicídio do policial militar Roberto Rodrigues de Souza.
O crime aconteceu no dia 26 de julho de 2021 em uma distribuidora em Várzea Grande, onde a vítima foi espancada até a morte pela dupla.
Os réus se apresentaram ao Tribunal do Júri na segunda-feira (21). O julgamento foi conduzido pelo juiz Murilo Moura Mesquita, da 1º Vara Criminal de Várzea Grande.
Ao proferir as sentenças, o conselho afirmou que os acusados assumiram o risco de causar a morte do militar. Ainda descartou o argumento de que Alan e Wesdra teriam agido movidos por “violenta emoção”.
O Júri ainda acolheu a denúncia de que os acusados agiram por meio cruel ao efetuar o homicídio. Um vídeo do crime, divulgado na época do caso, mostrou que a dupla espancou Roberto quando ele já estava caído e desmaiado no chão.
O conselho, ao definir a pena, também levou em consideração que a vítima deixou três filhos, menores de idade, desamparados em consequência do crime.
No entanto, atenuou parte da pena devido ao comportamento do policial, que, segundo eles, “contribuiu para o evento delituoso” ao tentar desferir um soco em Alan, situação que culminou no início da briga.
“Por estas razões, havendo uma circunstância judicial desfavorável (consequências) e uma favorável (comportamento da vítima), ambas restam compensadas, de modo que estabeleço a pena-base em 12 anos de reclusão”, declarou em trecho da sentença.
Além da pena base, Alan recebeu mais um ano de prisão por ser reincidente. Ao todo, ele deve cumprir 13 anos de prisão.
As sentenças serão cumpridas, inicialmente, em regime fechado e o juiz manteve a prisão preventiva dos condenados.
Relembre o caso
Conforme denúncia do Ministério Público, na data do crime, Alan e Wesdra saíram do bar Bodega, em Cuiabá, cada um acompanhado de uma mulher, e decidiram parar na distribuidora para usar o banheiro.
A discussão entre a vítima e Alan começou no sanitário masculino, quando Roberto começou a usar o vaso com a porta aberta de frente para o banheiro feminino, onde a acompanhante do agressor estava.
A discussão evoluiu e o militar chegou a tentar dar um soco no agressor, porém não conseguiu. Na sequência, o acusado já vai para cima de Roberto e começa a espancá-lo.
É nesse momento que Wesdra se junta a ele e os dois seguem a sessão de espancamento.
Roberto foi encaminhado ao Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande (PSMVG), mas não resistiu e morreu.
O soldado servia como policial em Acorizal, cidade próxima a Cuiabá.