Menor é apreendido e confessa ter enforcado criança até a morte

Um adolescente de 14 anos foi apreendido, na noite de domingo (20), após confessar ter matado um amigo de apenas dez anos estrangulado. A criança estava desaparecida há quatro dias e foi encontrada sem vida em uma região de mata, em Tangará da Serra (distante a 239 km de Cuiabá).

 

De acordo com a Polícia Civil, a criança tinha sumido na última quinta-feira (18). O menino estava sob os cuidados do padrasto, já que a mãe dele estava em viagem. O homem foi preso por abandono de incapaz.

 

Na delegacia, o padrasto relatou que, ao chegar a casa na quinta, não viu mais a criança. Ele teria ido dormir e, no dia seguinte, ao chamar a criança para ir à escola, notou que ela não estava no quarto. À polícia, ele disse acreditar que o menino teria dormido na casa de algum coleguinha.

 

Ainda na sexta, ao retornar a casa para almoçar, o homem sentiu a falta do menino novamente. Foi, então, que resolveu acionar a cunhada, tia da criança. A mulher informou que também não tinha informação do sobrinho.

 

Investigação

 

Após o registro do desaparecimento da criança, a Polícia Civil iniciou as diligências. Durante investigação, os agentes encontraram imagens de câmeras de segurança que mostraram o adolescente de 14 anos junto com o menor, no dia 17 de novembro.

 

No domingo (20), a Polícia se dirigiu à casa do adolescente, que começou a colaborar com os agentes. Após ser pressionado, contudo, acabou confessando o crime.

 

Conforme o menor, no dia, ele atraiu o coleguinha até um rio. Lá, “motivado pela ira”, acabou enforcando a vítima até a morte.

 

O corpo do menino foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros em uma região de mata, por volta das 19h. Conforme informações, no corpo havia sinais de tortura e estrangulamento.

 

A Politec esteve no local do crime e encaminhou o corpo ao Instituto Médico Legal (IML), onde uma análise mais precisa poderá detalhar como o crime ocorreu.

 

Motivação

 

Questionado, o adolescente afirmou que matou o menino após ser alvo de bullying. Ele ainda deu detalhes do crime. A versão está sendo investigada.

 

O delegado que investiga o caso, Gustavo Espíndola, afirmou, em entrevista à imprensa local que a motivação do crime ainda não está clara e que as investigações continuam a fim de elucidar o caso.

 

“Ele confessou todo o ocorrido e explicou todas as circunstâncias do crime”, disse o delegado.

 

“O motivo ainda não está bem claro, porque a situação está recente. Mas ele fala em bulliyng, mas a história não está clara. O motivo parece que não foi esse realmente, está sendo apurado”, acrescentou.

  

Ele foi detido e deve responder por ato infracional análogo aos crimes de homicídio doloso e ocultação de cadáver.

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