Vídeo: Pai de Henry Borel grava vídeo a universitários de Cuiabá por divulgação do caso
Reprodução
Um grupo de universitários de Direito alcançou um marco acadêmico em Mato Grosso. O grupo foi o primeiro da área a fazer uma ação social para divulgar a Lei Henry Borel, sancionada após o assassinato da criança que deu nome à lei. A ação, realizada no último dia 10, no bairro poção, em Cuiabá, chamou a atenção do Pai de Henry, Leniel, que agradeceu aos estudantes pela divulgação da lei tão importante para a defesa da infância no Brasil.
No vídeo, Leniel agradece à estudante Catharynne Kapps Carvalho da Costa, uma das idealizadoras do projeto. Leniel menciona que a aprovação da Lei, em 24 maio deste ano, representa um grande marco na luta em prol da defesa das crianças e dos adolescentes.
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“A Lei Henry Borel está para as crianças, assim como a Lei Maria da Penha está para as mulheres” diz Leniel, em um vídeo voltado aos acadêmicos e à sociedade cuiabana.
O projeto, idealizado por um corpo diverso de estudantes, visa a divulgação e conscientização sobre a necessidade do combate à violência infanto-juvenil. Durante o evento de divulgação, os estudantes distribuíram livros sobre a lei e flores azuis à população que foi até lá.
Ao Estadão Mato Grosso, Catharyne explicou que tem vontade de levar a iniciativa a mais lugares e divulgar o conhecimento, de forma que o entendimento sobre a lei alcance todas as pessoas e não fique somente com os estudantes e formados da área.
“O pontapé inicial foi o evento no qual queremos ampliar e levar o conhecimento para dentro das escolas, visando realizar apresentações, escrever artigos e livros sobre o assunto”, diz a discente.
De acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), de 2016 a 2020, mais de 35 mil crianças e adolescentes de até 19 anos foram mortos violentamente no Brasil — uma média de 7 mil por ano.
A Lei Henry Borel torna crime hediondo o homicídio contra menor de 14 anos e estabelece medidas protetivas específicas para crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica e familiar.
O nome da lei é uma homenagem a Henry Borel, um menino de quatro anos que foi espancado e morto no apartamento em que morava com a mãe e o padrasto, na Zona Oeste, Rio de Janeiro, em março de 2021.
“É um orgulho imenso para nós que vivemos em Mato Grosso fazer um projeto tão grande junto a pessoas tão importantes e que nos deram apoio a todo momento, a exemplo do Leniel, pai de Henry” diz Catharyne, agradecendo todo o apoio recebido para a realização do projeto.
#JustiçaPorHenry
Além do projeto, pioneiro no estado na discussão sobre a Lei Henry do Borel, o grupo de estudantes também tem outro projeto em mãos, mas dessa vez, dedicado à Leniel, pai de Henry.
O projeto é sobre uma agenda a ser preenchida com mensagens de apoio para o pai, que luta há um ano e sete meses por justiça pela morte do filho. Qualquer pessoa interessada pode assinar a agenda.
“Estamos tentando conseguir o máximo de assinaturas possíveis como uma mensagem de carinho do nosso estado para o Leniel e todo o trabalho que ele fez para que hoje a gente tenha proteção contra abusos e tortura de crianças”, explicou.
Catharyne explicou que a agenda será levada a mais eventos do grupo de estudantes e que as datas dos eventos serão divulgadas nas redes sociais, dela.
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Veja o agradecimento de Leniel à Catharyne e a sociedade cuiabana: