Caso segue vivo na memória dos cuiabanos; veja comentários

Trinta anos depois do brutal assassinato da universitária Cristiane Augusta de Moraes Correa, de 22 anos, o crime, até hoje sem solução, segue vivo na lembrança e intrigando quem acompanhou o caso à época.

 

Em uma publicação do MidiaNews rememorando o crime, dezenas de pessoas disseram ainda se lembrar do dia em que o corpo da jovem foi encontrado em um matagal do Bairro Porto, próximo à Escola José de Mesquita, e em como o caso impactou a cidade.

 

“Me lembro muito bem desse caso. Na época eu tinha 12 anos, morávamos próximo e cheguei a ir no velório com minha mãe. Nunca vi tanta gente em um velório, o caso chocou o bairro e a cidade toda”, dizia um dos comentários.

 

“Me lembro da morte dela. Moro no Verdão e foi uma tristeza muito grande o que fizeram com ela. Nunca consegui esquecer”, afirmava outra.

 

A jovem desapareceu em plena luz do dia, em 9 de dezembro de 1992, após ligar para uma amiga e dizer que passaria em sua casa. Ela foi encontrada  no dia seguinte morta, seminua, com ferimentos no corpo e com uma peça de roupa enrolada em seu pescoço.

 

“Foi um dos casos mais brutais que vi […]. Um processo com mais de 30 volumes que não teve finalização […]. Somente desejo que todos envolvidos tenham sofrido em vida pelo menos a metade que está família sofreu”, disse uma mulher que afirmou ter trabalhado na 4° Vara Criminal na época.

 

Surgiram também muitas pessoas que afirmaram ter conhecido a jovem. Ela é descrita com carinho como uma pessoa “meiga, alegre e sorridente”.

 

“Morava na minha rua, tive a oportunidade de conviver com ela, uma moça linda e calma, a família era muito amiga nossa. Nestes 30 anos vimos a família morrer de desgosto e falta de justiça, tomara que seja reaberto e a verdade venha a tona”, disse um deles.

 

“Foi encontrada próximo aonde eu morava, via ela todos dias indo pra faculdade e era inspirador. Fiquei bons anos me perguntando quem teria feito esse horror e o porque”, dizia outra publicação.

 

Entre os comentários, assim como uma das matérias da época publicada no jornal Diário de Cuiabá, levantou-se a hipótese de que alguém com as “costas quentes” teria cometido o crime, devendo-se a isso a falta de desfecho.

 

“Lembro do caso, na época comentavam que os assassinos eram filhos de pessoas influentes, até mesmo de dentro da polícia. Comentavam também que investigaram e descobriram tudo, mas abafaram o caso”, dizia uma das publicações.

 

O caso mobilizou o efetivo policial e fez com que a Delegacia de Costumes, responsável pela investigação à época, abandonasse os casos mais simples e se concentrasse na morte de Cristiane.

 

Ainda com todo esse esforço aparente, o inquérito não conseguiu apontar um autor, e várias falhas foram identificadas ao cair em outras mãos. Uma exumação chegou a ser solicitada após uma lâmina com material genético “desaparecer”. Outras falhas também foram apontadas.

 

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