Ex-vereador e advogado são ameaçados em áudios no Whats “Fazer eles defecar e mijar na roupa”

 

O ex-vereador de Rondonópolis, Juca Lemos (PV), e o advogado Carlos Naves de Resende foram ameaçados em grupos de WhatsApp bolsonaristas após retirarem uma faixa anti-Lula de um imóvel público no Município.

O caso aconteceu no sábado (17), quando Juca, que atualmente é assessor da Prefeitura, recebeu uma denúncia de que uma faixa com os dizeres “Lula na Cadeia”, assinada por “Apoiadores de Bolsonaro”, havia sido colocada nas grades do Centro Cultural Casario.

Juca e Naves então foram até o local e a tiraram. “Essa faixa estava lá desde a tarde. Parece que teve uma carreata naquele local, carreata dos apoiadores do presidente Bolsonaro, e eles deixaram essa faixa lá”, disse ele.

“Sempre que houver coisas irregulares, qualquer cidadão tem o dever constitucional de agir em defesa do patrimônio público”.

No dia seguinte, os dois tiveram ciência de áudios ameaçadores e, na segunda-feira (20), Juca decidiu registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil por crime de ameaça.

“Com a depredação do patrimônio público e sem autorização da Prefeitura, retiramos a faixa para ser entregue oportunamente à autoridade competente”, consta no B.O.

“Esses áudios foram postados nos grupos Giro Político, Unidos pelo Brasil e Unidos pela Advocacia”.

Um dos áudios em questão foi enviado pelo advogado I.S.M., no qual ele diz já ter identificado Juca e Carlos e pede que os dois sejam espancados quando encontrados na rua.

“Quero que o pessoal pegue eles na rua, e pegue fio de telefone, dobrar e dar no lombo dos dois. Dar uma coça nesses dois vagabundos! Fazer eles defecar e mijar na roupa. O recado está dado”, disse ele no áudio.

“Quem achar Juca Lemos e Carlos Naves na rua é pra chegar (inaudível). Não é pra ter dó! É para bater igual cachorro. Vocês ouviram bem? Mandei o recado aí”.

Já o segundo áudio foi enviado por um homem identificado pelas iniciais G.S.M.

“Por que eles estão defendendo? Porque com certeza eles vão morder junto. Algum restinho, alguma migalha vai cair para eles”, acusou o homem.

Nos prints dos grupos, uma pessoa incita os demais, escrevendo que deveriam ir para a frente da casa de Juca. “Vamos ver quem sairá derrotado”.

O caso agora será investigado pela Polícia Civil.

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