Vereador é flagrado roubando gado e apanha de fazendeiros em MT
O caso do vereador de General Carneiro, Magnun Vinnicios Rodrigues (PSB) preso no dia 11 de setembro, com mais três comparsas, enquanto tentavam furtar gado em uma fazenda de Primavera do Leste (240 km a leste da Capital) chocou o meio político em 2022.
os comparsas foram identificados como Joane dos Santos Marques, Marciano Correia Pereira e Uedes Bueno Neres.
O crime aconteceu na madrugada de um domingo, quando o grupo criminoso foi até a propriedade Santa Izabel, invadiram o local e abateram um animal.
O barulho do tiro chamou a atenção do gerente da fazenda, que estava adubando uma área próxima.
Ciente de que na região estava tendo crimes de abate do gado e furto da carne, acionou outros funcionários da propriedade e, quando chegaram no curral, avistaram os quatro homens descarnando um animal.
Os ladrões tentaram fugir em uma caminhonete Volkswagen Amarok, que seria de propriedade do vereador, mas foram impedidos pelo gerente.
Magnun, então, desceu armado do veículo, e foi para cima do homem, mas acabou sendo golpeado no olho e acabou rendido com os demais.
Na época, o caso ganhou ainda mais repercussão, porque circulou pela internet um vídeo do parlamentar em que aparece amarrado e com um hematoma enorme no olho esquerdo, resultado da coronhada que recebeu.
Por conta do ferimento, Magnun foi diagnosticado com traumatismo craniano e precisou ser encaminhado ao Hospital Regional de Rondonópolis, onde foi submetido a cirurgia.
Segundo boletim médico divulgado na época, além do traumatismo craniano, ele também teve hemorragia cerebral.
Diante do estado clínico gravíssimo, ele foi mantido sedado, e respirava com ajuda de aparelhos.
Prisão preventiva
No dia 12 de setembro – um dia após o crime – enquanto estava internado no hospital, o vereador teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva, pela juíza Luciana Braga Simão, da Comarca de Primavera do Leste.
Segundo a justificativa da magistrada, o vereador era reincidente nesse tipo de crime.
Na data, também foi determinada a prisão preventiva de Joane dos Santos Marques, Marciano Correia Pereira e Uedes Bueno Neres.
Condenação
No dia 8 dezembro, Magnun e os três comparsas foram condenados a 8 anos e 10 meses de prisão. O caso foi julgado pelo juiz Roger Augusto Bim Donega, da 2ª Vara Criminal de Primavera do Leste.
A pena, conforme o magistrado, deve ser cumprida inicialmente em regime fechado, impedindo assim que os quatro condenados recorram em liberdade.
De acordo com Donega, o crime foi agravado por ter sido cometido em concurso de pessoas, ou seja, em grupo, e pelo uso de arma de fogo.
“Diante de tais fatos, as medidas cautelares não são viáveis, já que a prisão é necessária para evitar o risco de reiteração delitiva dos acusados. Ademais, o regime fixado para cumprimento de pena inicialmente foi fechado, o que presume a necessidade da manutenção da prisão, até mesmo para garantir a aplicação de lei penal”, consta em trecho da decisão.
Além disso, eles também foram condenados a ressarcir as vítimas em R$ 10 mil, como reparação pelos danos.
Ele é alvo de um pedido de cassação do mandato na Câmara de General Carneiro.
Veja os vídeos:
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