Advogado afirma que não vai pedir soltura de filho de deputado

O advogado Francisco Faiad afirmou nesta segunda-feira (23) que, por enquanto, não vai pedir a revogação da prisão do empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra, de 57 anos.

 

Ele está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE) após confessar que matou a ex-companheira, a servidora Thays Machado, de 44 anos, e o namorado dela, Wilian César Moreno, de 30. 

 

“Não [não entramos com recurso] e nem vamos entrar neste momento”, disse o advogado à imprensa.

 

Faiad acompanhou o cumprimento do mandado de busca e apreensão na casa do empresário, no Bairro Santa Rosa, em Cuiabá, na manhã desta segunda.

 

Na ocasião, a Polícia Civil apreendeu rastreadores e gravadores que comprovariam que o crime foi premeditado por Carlos Alberto.

 

“Nós estamos acompanhando a busca e apreensão e depois vamos analisar o inquérito como um todo. Até agora, nenhuma medida a ser tomada”, disse.

 

“O argumento dele é que ele estava emocionalmente abalado”, acrescentou.

 

Durante o cumprimento do mandado, a Polícia precisou acionar um chaveiro. Segundo Faiad, foi para abrir um cofre.

 

“O cofre estava fechado e a família não sabe a senha”, revelou.

 

Faiad disse que o cliente está arrependido e a família bastante abalada com a situação, principalmente o pai dele, o deputado federal Carlos Bezerra (MDB). 

 

“Logicamente um pai nunca espera que um filho cometa um ato como esse”, afirmou.

 

O advogado revelou que ao visitar o filho na PCE na última sexta-feira (20), Bezerra disse para ele ter paciência. 

 

“Porque como o ato foi cometido, só resta a ele pagar pelo ato cometido”, pontuou. 

 

O crime

 

Thays Machado e seu namorado, Willian Moreno, foram mortos a tiros na última quarta-feira (18) em frente ao Edifício Solar Monet, em Cuiabá.

 

Ele foram até o edifício, onde mora a mãe dela, para deixar um veículo na garagem.

  

Ao sair na portaria para aguardar a chegada de veículo de transporte por aplicativo, as vítimas foram surpreendidas pelo assassino, que conduzia um Renault Kwid, e passou a fazer os disparos contra o casal, que morreu ainda no local.

 

A perícia preliminar de criminalística da Politec constatou que Thays foi atingida por três disparos, sendo dois nas costas e um na altura do quadril.

 

Willian, mesmo atingido no braço esquerdo e no peito com três disparos, ainda tentou fugir do atirador, mas caiu na calçada, a poucos metros de Thays.

 

Conforme os primeiros levantamentos realizados pela equipe da DHPP, Thays e William estavam em um relacionamento, mas a mulher vinha sofrendo ameaças do ex-companheiro e suspeito do crime.

 

Ela teria comentado com familiares que estava sendo ameaçada de morte e ia registrar um boletim de ocorrência contra o agressor.

 

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