Governador volta a defender confisco de terra para punir desmate após discurso de Lula

SECOM/MT

Em seu primeiro discurso depois de empossado, o presidente Lula (PT) prometeu adotar uma política de desmatamento zero da Amazônia. Sobre o assunto, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), voltou a defender o confisco e perda da área a quem praticar desmatamento ilegal.

Mendes deve falar com Lula sobre sua proposta apresentada ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, durante a 27ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP 27, em Sharm El Sheik, no Egito, em novembro do ano passado.

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“Defendo algo radical, que causou alvoroço no mercado econômico de Mato Grosso e de algumas regiões, para que fosse adotado [punição] para o desmatamento ilegal, o mesmo procedimento do artigo 2ª da Lei nº 11.343, que fala sobre o combate ao tráfico de drogas. Quem planta maconha ou produz cocaína e é pego, perde a posse da área”, lembrou.

De acordo com Mendes, é preciso mudar as formas de punição, já que os instrumentos para combater o crime parecem não surtir mais efeitos.

“[O desmatamento] causa danos ambientais, danos à nossa imagem, à nossa economia. A França, a Europa, a União Europeia, já estão aprovando medidas que proíbem comprar de qualquer propriedade brasileira que desmatou a partir de 2020. Se somos ineficientes no combate ao desmatamento, o mundo está tomando providências e legislando por nós”, pontuou.

Na época da proposta apresentada na COP27, Pacheco disse estar aberto a discutir a proposta no Congresso Nacional.

Em seu discurso, Lula defendeu ser possível desenvolver o potencial agrícola do país sem desmatar nenhuma área nova, apenas aproveitando áreas de pastagem já desmatadas ou degradadas.



Estadão MT