Jayme “parabeniza inteligência de Lula” ao lotear ministérios para ex-bolsonaristas
Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso
O senador Jayme Campos (União) avalia que o presidente Lula (PT) fez uma manobra inteligente ao entregar ministérios para seu partido, o União Brasil, que integrava a base do governo Jair Bolsonaro (PL). Em conversa com jornalistas no domingo, 1º de janeiro, Jayme afirmou que essa articulação pode dar mais tranquilidade para o presidente em seus primeiros dias de mandato.
O União Brasil ganhou três ministérios no governo Lula, o mesmo número de pastas reservadas para o PSB, partido que indicou o vice-presidente Geraldo Alckmin. O União Brasil, de Jayme Campos, ficou com os ministérios do Desenvolvimento Regional (Waldez Góes), Turismo (Daniela do Waguinho), e Comunicações (Juscelino Filho).
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Porém, Jayme aponta que essa composição pode mudar se os partidos não entregarem, de fato, o apoio prometido no Congresso Nacional.
“Poderá mudar, é a própria declaração do presidente Lula, aqueles que forem para o governo com essa composição e ‘não entregar a mercadoria, só emitir nota fiscal’, ou seja, aqueles que vão lá e dizem que têm tantos membros na Câmara e no Senado que vão apoiar, e depois não leva esse apoiamento. Eu acho que tá correto ele de pedir o cargo dos partidos”, avaliou.
Ex-apoiador do ex-presidente Bolsonaro, Jayme garantiu que irá manter uma postura de independência no Senado, sem fazer oposição radical. Jayme pediu votos para Bolsonaro durante os dois turnos das eleições deste ano e defendeu a atuação do governo anterior em repetidas vezes.
“Sou um senador independente e vou votar tudo aquilo que é de interesse da sociedade brasileira. O que é bom para o Brasil, é bom para o nosso povo, e não tem porque ser um opositor radical. Eu não faço política com ódio, com veneno aqui dentro do bolsinho não. Eu faço política com altivez, com grandeza, sempre defendendo os interesses da coletividade”, afirmou.
Um dos projetos de grande relevância que são aguardados no Congresso Nacional ainda neste primeiro semestre de 2023 está a Reforma Tributária e a criação de uma nova âncora fiscal para substituir o Teto de Gastos. Ambos os projetos já foram prometidos pela equipe econômica do governo Lula.