“Justiça deve prevalecer”, diz deputada incluída em inquérito que apura atos golpistas

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A deputada federal eleita Silvia Waiãpi (PL-AP) disse que a Justiça deve prevalecer e mostrar que ela não incitou qualquer manifestante para prática de violência durante atos golpistas de bolsonaristas radicais em Brasília. O posicionamento veio após ela virar alvo de um inquérito junto com outros dois deputados nesta segunda-feira (23).

Ao pedir investigação contra a deputada eleita, a PGR afirmou que Waiãpi publicou vídeos com a destruição em Brasília no dia 8 – e endossou o teor do material ao publicar uma legenda falando sobre a tomada de poder.

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Entre os três deputados investigados estão, além de Waiãpi , o deputado estadual do Ceará André Fernandes (PL) e a deputada federal de Pernambuco Clarissa Tércio (PP).

Para a PGR, houve incitação ao crime, com a provocação da prática do crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

O ministro Alexandre de Moraes concordou com a PGR no sentido de abertura da investigação.

Para o magistrado, a conduta de Silvia Waiãpi se enquadra, em tese, nos crimes de terrorismo, associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, ameaça, perseguição e incitação ao crime.

Sobre a abertura de inquérito no STF, a deputada disse que está tranquila e não tem qualquer dúvida de que a justiça deve prevalecer e mostrar que ela não incitou, corroborou ou convocou qualquer manifestante para prática de qualquer tipo de violência.

Resumo dos ataques

Bolsonaristas terroristas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF. Veja fotos de quem participou da destruição.
O movimento golpista em Brasília havia sido engrossado por dezenas de ônibus que chegaram à capital no fim de semana.
A Polícia Militar do DF mantinha poucos homens no local, não conseguiu frear os terroristas e foi acusada de omissão.
Obras de arte e móveis foram quebrados no Planalto. O plenário do STF ficou destruído. Veja fotos e vídeos da barbárie.
Lula decretou intervenção federal para assumir a segurança do DF.
O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o afastamento do governador Ibaneis Rocha (MDB) pelo prazo inicial de 90 dias, decisão que foi confirmada depois pelo plenário do Supremo.
O coronel que chefiava PM durante ataques em Brasília, Fábio Augusto, foi preso após determinação de Moraes.
Moraes também determinou a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça no governo Bolsonaro Anderson Torres. Ele estava nos Estados Unidos e foi preso ao desembarcar em Brasília.



Estadão MT