Lúdio culpa Mauro Mendes e Emanuel Pinheiro por caos na Saúde
Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso
O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) atribuiu ao governador Mauro Mendes (União Brasil) e ao prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), a culpa pelo caos na Saúde em Mato Grosso. De acordo com o parlamentar, o cenário atual é resultado da falta de coordenação entre os dois gestores, que estão em ‘pé de guerra’ há vários anos.
Segundo Lúdio, Emanuel tem culpa por deixar faltar médicos nos postos de Saúde, além de remédios básicos, como a dipirona. Já Mauro Mendes, na avaliação de Lúdio, é voltado para a terceirização e precarização dos serviços de Saúde.
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“O prefeito de Cuiabá deixa faltar dipirona em posto de Saúde, deixa faltar médicos, isso é uma irresponsabilidade. Agora, a gestão do governador é a mesmíssima, terceirização, precarização dos serviços públicos, fila interminável na oncologia e na cardiologia, que é responsabilidade do Estado”, afirmou.
Ainda durante a entrevista, Lúdio destaca que esse descompasso fez com que Mato Grosso figurasse por algum tempo com a maior taxa de mortalidade por covid no Brasil. Cuiabá também figurou como a capital com maior taxa de mortalidade pela doença.
Lúdio ainda cita outro exemplo da descoordenação dos gestores. De acordo com o parlamentar, a Assembleia Legislativa criou uma Câmara Setorial Temática para debater na oncologia no estado. Técnicos das duas secretarias de Saúde participaram e ficou pactuado que a oncologia passaria ser responsabilidade do Estado para ter uma fila única.
“Isso foi pactuado tecnicamente, agora depende de decisão política. Os dois gestores poderiam já ter sentado à mesa e tomado uma decisão política de repactuação dessa linha de assistência, não fazem isso porque vivem uma disputa política pessoal, que se traduz em sofrimento para nossa população”, assevera o deputado.
O deputado ainda prevê que a intervenção na Saúde de Cuiabá deve se tornar uma ‘disputa judicial interminável’. A intervenção foi decretada no dia 28 de dezembro do ano passado, mas a Prefeitura de Cuiabá recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STF) e obteve decisão liminar favorável da presidente daquela Corte.
O próximo passo sobre essa disputa judicial deve ocorrer no TJMT, no Órgão Especial, que deverá tomar uma decisão colegiada sobre o assunto.
“Fica nesse vaivém e a população sofrendo nesse momento crítico, que é final de ano, onde a demanda em Saúde aumenta. A solução para isso é a repactuação da responsabilidade, porque nenhum dos dois tem defesa”, afirma.