Ministro: Foi uma brutalidade monstruosa; me sinto destruído
O ministro mato-grossense Gilmar Mendes afirmou que se sentiu “destruído” com a invasão e vandalização do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, no último dia 8 de janeiro.
Extremistas depredaram o Palácio do Planalto, Congresso Nacional e o STF pedindo “intervenção”. No mesmo dia, as forças policiais retiraram e prenderam os vândalos dos locais.
Ao conversar com a imprensa, na terça-feira (10), sobre o episódio, o ministro se emocionou.
“É de uma brutalidade monstruosa. Nós estamos chocados com isso e temos que nos perguntar como chegamos a isso. Certamente temos que pensar como que podemos evitar que isso volte a acontecer aqui. Precisamos pensar com muita seriedade”, afirmou.
“Me sinto um pouco destruído. Eu vivo há muitos anos aqui”, acrescentou o mato-grossenses, que está na Suprema Corte há 20 anos.
Gilmar disse, ainda, que os chefes dos Poderes devem fazer uma reflexão sobre a depredação.
É de uma brutalidade monstruosa. Nós estamos chocados com isso
“Acho que temos que guardar todos os esses estragos na memória e fazer algum tipo de memória para que fato não nos esqueçamos de que no dia 8 tivemos essa tragédia”, completou.
Prédio destruído
O prédio do STF foi um dos mais atacados. Na escultura da Justiça, característica da fachada do local, foi pichada com “Perdeu, mané”, frase do ministro Luís Roberto Barroso, em um insinuação golpistas dos vândalos.
A cadeira do ministro Alexandre de Moraes também foi retirada do plenário junto ao brasão da República, e colocada para fora do prédio.
Houve ainda destruição de moveis, obras de artes e objetos dos Poderes. Ainda não há estimativa sobre o prejuízo financeiro dos ataques.
Veja:
Leia mais sobre o assunto:
Duas mulheres de MT estão na lista de presos por invasões
Moraes manda prender Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro
Jayme diz que ato foi “terrorismo”: “Quem paga conta é o povo”