Para presidente da Assembleia, atos terroristas dificultam volta de Bolsonaro ao poder

Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), classificou como “uma baderna generalizada” os atos de vandalismos que ocorreram em Brasília no último domingo, 8 de janeiro, por um grupo de manifestantes extremistas.

Ele defendeu a punição não só dos que invadiram a sede dos três Poderes, mas também quem financiou ou deu apoio para que os bolsonaristas estivessem no local.

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Botelho acredita que as pessoas que depredaram os prédios dos Poderes estavam “totalmente desconectadas da realidade” e que muitos não entendiam o que estava acontecendo.

“São pessoas que estavam desconectadas da realidade, agora, as pessoas levaram, que financiaram, que alugaram ônibus, têm que ser penalizadas. Essas pessoas que levaram eles em Brasília e os colocaram nessa situação vexatória, não só eles, o Brasil e a democracia brasileira, tudo o que aconteceu lá em Brasília, acho que esse é o primeiro caminho [penalização] para essas pessoas que fizeram isso”, disse em entrevista à rádio Conti nesta terça-feira, 10.

Respingos a Bolsonaro

Eduardo Botelho ainda comentou que os atos respingam no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As manifestações em todo o país começaram a ser realizadas logo após o resultado do segundo turno das eleições, que sagrou Lula vitorioso.

Bolsonaristas começaram a contestar os resultados das urnas e pediram golpe de Estado por meio de intervenção militar. O estopim aconteceu no domingo, quando um grupo invadiu e depredou os prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional.

“O ato de domingo foi muito ruim para o legado, inclusive para o futuro dele. Eu sempre dizia que quatro anos passam rápidos, [ele] pode voltar, mas o que fizeram ontem foi muito ruim e vai dificultar e muito, eu diria, a volta do Bolsonaro ao poder por conta desses atos impensados, irresponsáveis, dessas pessoas que financiaram esses atos”, destacou.

Em entrevista à CNN Brasil, o ex-presidente disse que lamenta os fatos que aconteceram e que planeja antecipar seu retorno ao Brasil.



Estadão MT