Perícia constata que casal foi morto com três tiros cada; filho de deputado é preso em fazenda

 

Perícia preliminar realizada na cena do crime de duplo assassinato em frente ao Edifício Solar Monet, em Cuiabá, aponta que Thays Machado, 44 anos, e William César Moreno, 30, foram mortos com três tiros cada. O crime foi cometido por Carlos Alberto Gomes Bezerra no final da tarde de quarta-feira, 18 de janeiro, que foi preso momentos poucas horas depois, em uma fazenda em Campo Verde.

Informações levantadas pela polícia apontam que Carlos montou uma emboscada em frente ao edifício e aguardou o melhor momento para cometer o crime. Thays e William foram ao local para deixar um veículo e, quando saíram para pegar um carro de aplicativo, foram surpreendidos por Carlos, que disparou entre 8 e 12 vezes.

A perícia preliminar de criminalística da Politec constatou que Thays foi atingida por três disparos, sendo dois nas costas e um na altura do quadril. William foi atingido no braço esquerdo e no peito com três disparos. Mesmo assim, ele tentou fugir do atirador, mas caiu na calçada, a poucos metros de Thays.

Após cometer o crime, Carlos fugiu para uma fazenda em Campo Verde. A Polícia Civil alertou unidades da capital e do interior para localizar o suspeito, e recebeu informações sobre seu paradeiro.

Na fazenda, os policiais encontraram o carro de Carlos, um Renault Kwid, estacionado em um galpão junto com os tratores. Ao perceber a presença da Polícia, o suspeito saiu da casa com uma sacola nas mãos, contendo uma arma, munições e celulares. Ele foi preso em flagrante e conduzido à Delegacia de Campo Verde.

CRIME PASSIONAL

Thays e Wiliam haviam acabado de iniciar um relacionamento e, segundo familiares da vítima, vinham sofrendo ameaças de Carlos, de quem a mulher havia se separado há pouco tempo. Ela teria comentado com familiares que estava sendo ameaçada de morte e ia registrar um boletim de ocorrência contra o agressor no mesmo dia em que foi morta.

Carlos teria mantido um relacionamento com Thays por mais de dois anos e, segundo familiares, se separaram há cerca de um mês. Porém, Carlos não aceitava o término do relacionamento e continuava telefonando para Thays.

Estadão Mato Grosso