Reconstituição de dois homicídios dura 5 horas no interior de MT; atiradora de 26 anos não participa
A Polícia Civil realizou na tarde de quinta-feira (26) a reconstituição do duplo homicídio que vitimou Genuir de Barros, de 67 anos, e seu filho Marcelo de Barros, 37, ocorrido em outubro do ano passado em Terra Nova do Norte. Foram cerca de 5 horas de reprodução simulada na propriedade rural em que o crime aconteceu.
Segundo o delegado José Getúlio Daniel, que está à frente do caso, Bruna Felsk, de 26 anos, autora do crime, e o marido dela, pivô da confusão, não participaram da reconstituição.
O objetivo foi esclarecer pontos específicos de como ocorreram os fatos, esclarecendo assim as condutas daqueles que possuem relação aos crimes ocorridos, apresentando uma investigação eficiente e de alta qualidade
“O objetivo foi esclarecer pontos específicos de como ocorreram os fatos, esclarecendo assim as condutas daqueles que possuem relação aos crimes ocorridos, apresentando uma investigação eficiente e de alta qualidade”, afirmou.
Os trabalhos tiveram apoio da Delegacia de Itaúba e da Delegacia Regional de Guarantã do Norte, com a participação de 13 profissionais entre peritos e investigadores.
“Após a entrega dos laudos periciais, será feita remessa do IP (Inquérito Policial) junto com relatórios ao Poder Judiciário e ao MP (Ministério Público) para que possa ser iniciada a ação penal e responsabilizar os suspeitos pelos crimes ocorridos conforme sua culpabilidade”, acrescentou.
À época do crime, em outubro de 2022, Bruna estava grávida de 8 meses e matou as vítimas durante uma confusão generalizada, após descobrir uma suposta traição do marido. Pai e filhos eram familiares da suposta amante.
Reconstituição gravada
A Polícia divulgou trechos da reconstituição em que é possível ver parte de como as coisas teriam acontecido e, ainda, ouvir ao fundo testemunhas direcionando os investigadores.
Em uma das imagens a mãe de Bruna explica o momento em que o marido bate com um facão na suposta amante do genro. “Ele deu uma pranchada e aí foi quando ela saiu de cima da Bruna. Nisso já estava vindo a senhora com um pedaço de viga desse tamanho”, diz.
“Se abaixaram puxando uma o cabelo da outra. Assim não, de pé. Isso!”, orientava a testemunha.
Em outros trechos outra testemunha descreve a cena dos disparos enquanto os policiais o simulam.
“A senhora viu ela atirando?”, questiona o delegado. “Vi, ele caiu de bruços. Apontou e atirou”, confirma a mulher.
Segundo o delegado, testemunhas deram versões diferentes dos fatos. “Temos depoimentos contraditórios no presente momento. Eles afirmam que os fatos aconteceram de forma divergente do apresentado pela investigada Bruna”, afirmou.
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