Sem concorrência, chapa de Botelho e Max será eleita nesta quarta para comandar AL
Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso
Eleição da Mesa será realizada apenas para cumprir a formalidade
Os deputados estaduais diplomados tomarão posse nesta quarta-feira, 1° de fevereiro. No mesmo dia é realizada também a eleição da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa para os próximos dois anos. Sem concorrência, a chapa encabeçada pelo atual presidente do parlamento, Eduardo Botelho (União) deve ser eleita pelos parlamentares.
Com poucas mudanças, o grupo repete praticamente todos os membros da atual diretoria. As únicas alterações foram na terceira e quarta secretaria, que saem os deputados Delegado Claudinei (PL) e Paulo Araújo (PP) e entram Gilberto Cattani (PL) e Valmir Moretto (Republicanos), respectivamente.
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Permanecem em seus respectivos cargos, dentro da chapa, Janaina Riva (MDB) na vice-presidência, Wilson Santos (PSD) na segunda vice-presidência, Max Russi (PSB) na primeira-secretaria e Valdir Barranco (PT) na segunda-secretaria.
Rito
Conforme o edital de convocação, uma comissão será instituída para dar posse aos deputados eleitos e conduzir a eleição da Mesa Diretora.
O grupo será presidido pelo deputado com maior número de mandatos de deputado estadual, no caso, Sebastião Rezende (União). Também irão compor a comissão dois parlamentares das maiores bancadas, no caso o MDB e PSB. Os nomes escolhidos para auxiliarem os trabalhos foram Janaina Riva e Max Russi, respectivamente.
A eleição está prevista para começar às 10h. O presidente vai anunciar ao plenário as chapas homologadas, bem como seus integrantes e numeração.
A votação é secreta, mediante apresentação de cédula. Vence o pleito a chapa que tiver a maioria absoluta dos votos.
A posse dos membros da Mesa Diretora para o biênio 2023/2024 acontecerá após o resultado da eleição.
Discussões
As articulações sobre o comando da Assembleia Legislativa começaram no ano passado.
O atual presidente consultou o Supremo Tribunal Federal (STF) com receio de que se repitisse o mesmo que 2021, quando o STF determinou a suspensão e posse dos eleitos da Mesa Diretora para o biênio 2011/2022.
A recondução de Botelho, pela terceira vez consecutiva, foi considerada inconstitucional na época, mas um ano depois, conseguiu retornar à função.
Com a resposta negativa, ele anunciou aos seus apoiadores sua desistência. A decisão deu força à candidatura de Max Russi, que buscava a cadeira da presidência do parlamento.
No entanto, um entendimento recente do Supremo sobre uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) sobre a Mesa Diretora da Assembleia do Paraná, beneficiou Botelho. No despacho, a Suprema Corte decidiu que a proibição de mais de uma recondução ao mesmo cargo não atinge as composições eleitas antes de janeiro de 2021.
Pouca renovação
Dos 22 deputados que buscavam à reeleição, 18 conseguiram se reeleger e quatro não conseguiram votos necessários para manter suas cadeiras no Legislativo: Delegado Claudinei (PL), Dr Gimenez (PSD), João Batista (PP) e Xuxu Dal Molin (União).
Allan Kardec (PSB) e Ulysses Moraes (PTB) disputaram para deputado federal, mas também não conseguiram se eleger.
Foram reeleitos: Carlos Avallone (PSDB), Dilmar Dal Bosco (União), Dr Eugênio (PSB), Dr João (MDB), Eduardo Botelho (União), Elizeu Nascimento (PL), Faissal (Cidadania), Gilberto Cattani (PL), Janaina Riva, Lúdio Cabral (PT), Max Russi, Nininho (PSD), Paulo Araújo (PP), Sebastião Rezende, Thiago Silva (MDB), Valdir Barranco (PT), Valmir Moretto (Republicanos) e Wilson Santos (PSD).
Seis parlamentares conseguiram conquistar uma cadeira. Entre eles, três vereadores: de Cuiabá, Diego Guimarães (Republicanos) e Juca do Guaraná Filho (MDB); e de Várzea Grande, Fábio Tardin (PSB). Esses dois últimos presidiram o legislativo no último biênio.
Também foram eleitos para a ALMT o ex-governador Júlio Campos (União Brasil); o empresário de Rondonópolis, Cláudio Ferreira (PTB) e o ex-secretário de Cultura, Esporte e Lazer do Estado, Alberto Machado (PSD), o Beto Dois a Um.