Vereador cita dívidas de Emanuel e crê em retorno de intervenção

O vereador de Cuiabá Dilemário Alencar (Podemos) afirmou crer que a Justiça retome a intervenção do Estado na Saúde Municipal.

 

Na última sexta-feira (6), a ministra Maria Thereza de Assis Lima, presidente do Superior Tribunal de Justiça, acatou um recurso da Prefeitura e devolveu o comando da Saúde da Capital para o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

 

No entanto, para o vereador, a Justiça deve considerar o caos revelado para retirar a administração da Pasta das mãos do prefeito novamente.

 

“A gente está confiante que o órgão especial do Tribunal de Justiça retorne com a intervenção, porque é muito grave os últimos acontecimentos revelados pelo interventor”, afirmou à rádio Capital FM.

 

“Na Empresa Cuiabana só de dívidas contraídas tem R$ 160 milhões, sendo R$ 84 milhões para fornecedores e R$ 72 milhões de dívidas trabalhistas. Ou seja, a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro não recolhe o FGTS dos servidores e também INSS, isso é crime, apropriação indébita”, acrescentou.

 

A Empresa Cuiabana administra o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e o Hospital São Benedito (HSB).  Ambos são os principais em atendimento público da Capital.

 

As dívidas acumuladas foram expostas pelo então interventor em um relatório em que detalhava a situação financeira tanto da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) quanto da Empresa Cuiabana.

 

Dilemário ainda citou as denúncias de morte que ocorreram devido à precariedade das condições das unidades de saúde da Capital e também reforçou o pedido de afastamento do prefeito Emanuel, devido a sua má gestão.

 

“Tem que retomar a intervenção, sob pena das pessoas continuarem padecendo, morrendo, como já foi testemunhado junto ao Ministério Público por médicos. Então, não tem mais condições do prefeito Emanuel Pinheiro continuar governando a cidade de Cuiabá”, disse.

 

“A Câmara Municipal não pode ficar apenas olhando, os vereadores tem que agir. Agora, nós somos seis, sete da oposição, estamos gritando, falando há quatro anos. Os outros vereadores tem que se posicionar e votar pelo afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro”, concluiu.

 

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