Defesa pediu transferência de penitenciária por causa de extorsão na PCE
Reprodução
O advogado Francisco Faiad afirmou que o pedido de transferência de Carlos Alberto Gomes Bezerra se deu por ele ter sofrido extorsão de detentos da Penitenciária Central do Estado (PCE). Ele está detido por ter assassinado sua ex-namorada e o atual dela, Thays Machado e William César Moreno, respectivamente. A pedido da defesa, ele foi transferido para a Penitenciária Major Eldo de Sá, a Mata Grande, em Rondonópolis, no último dia 3.
“Teve ameaças, teve extorsões, “dava o dinheiro ou senão poderia acontecer alguma coisa”, isso foi demonstrado, por isso, saiu essa transferência”, disse Faiad.
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O advogado comentou que a equipe de defesa está estudando o inquérito e as provas produzidas pela polícia para fazer a defesa preliminar, cujo prazo, de 10 dias, começa nesta segunda-feira, 13 de fevereiro.
Em entrevista à imprensa, Faiad comentou que os pais de Carlos Alberto, o ex-deputado federal Carlos Bezerra (MDB) e a atual secretária estadual de Agricultura Familiar, Teté Bezerra, estão arrasados. Além disso, o assassino estaria arrependido do que fez.
“Em depoimento policial, ele fala [em arrependimento] e todos os dias quando a gente se fala no presídio. Ele fala que ficou alterado, que ele nunca foi de violência, que é um cara calmo, que é tranquilo, mas aquele dia ele se alterou”, comentou.
RÉU
No último dia 2, a juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, da 1ª Vara Especializada em Violência Doméstica e Familiar de Cuiabá, aceitou a denúncia contra o empresário, o tornando réu pelo duplo homicídio.
O Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) denunciou Carlos Bezerra por homicídio quadruplamente qualificado contra Thays e triplamente qualificado contra o companheiro dela, Willian César Moreno. As qualitativas do homicídio são por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas, em ambos os casos. Já no caso de Thays, há ainda a acusação de feminicídio.
O documento, assinado pelo promotor de Justiça, Jaime Romaquelli, destaca que Carlos agiu sozinho para alcançar seu resultado: matar o casal. O promotor ainda pontua que o acusado cometeu o crime por motivo torpe e agiu de forma cruel e covarde.
Já em relação a William, o promotor apresentou denúncia por homicídio qualificado após apontar que o acusado e a vítima não se conheciam, mas a ação foi calculada sem possibilidade de defesa das vítimas.
O CASO
Carlos Alberto, filho do deputado federal Carlos Bezerra (MDB), atirou contra sua ex-companheira Thays Machado, de 44 anos, e o atual namorado dela, William César Moreno, de 30 anos, em frente a um edifício residencial no bairro Alvorada, em Cuiabá. O crime foi cometido no dia 18 do mês passado.
Segundo a Polícia Civil, o casal foi até o edifício Solar Monet, onde mora a mãe de Thays, para deixar o carro na garagem. Ao sair na portaria para aguardar a chegada do veículo de transporte por aplicativo, eles foram surpreendidos pelo acusado.
Durante coletiva de imprensa, o delegado da Polícia Civil, Marcel Oliveira, disse que o duplo homicídio foi premeditado por Carlos.