Emanuel diz que “herdou” ex-secretário preso da gestão Mauro
Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), disse que “herdou” de seu antecessor na Prefeitura o ex-secretário de Saúde Célio Rodrigues, preso pela Polícia Civil durante a Operação Hypnos, deflagrada na última semana. O antecessor de Emanuel é o governador Mauro Mendes (União). Apesar da afirmação, o prefeito não tinha obrigação de manter Célio em sua equipe, tendo total liberdade para colocar outra pessoa em seu lugar.
Na última semana, a Polícia Judiciária Civil cumpriu uma série de mandados para investigar a atuação de um grupo que teria desviado mais de R$ 1 milhão dos cofres públicos no processo de compra de um medicamento. A investigação indica que o pagamento desse valor foi feito a uma empresa fantasma.
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“O Célio, que está enfrentando esse problema e que vai responder por isso, eu herdei da gestão que me antecedeu, do ex-prefeito Mauro Mendes. Ele era da equipe do ex-prefeito Mauro Mendes e, como vários continuaram, ele também continuou. Ele saiu e depois voltou. Ele coordenou, foi um dos apoiadores da candidatura do ex-prefeito Mauro Mendes a governador do Estado e voltou um ano depois para nossa gestão”, disse Emanuel, em entrevista ao telejornal MT1, da TV Centro América.
Emanuel destacou que não tem compromisso com o erro e que se algum membro de sua equipe cometer qualquer irregularidade, irá responder pelos seus atos.
“Eu sou o colaborador de toda e qualquer elucidação dos fatos. Você não pode chegar e apontar que ali tem corrupção. Se fosse para apontar, eu diria vários lugares onde eu acho que tem corrupção no Estado e em qualquer outro lugar, mas isso tem que ser investigado. Para você dizer que há corrupção, tem que ter investigado”, afirmou.
Emanuel lembrou ainda que algumas investigações realizadas contra pessoas de sua gestão ainda não resultaram em denúncias, como a Operação Overpriced que, em 2020, apurou possível superfaturamento na compra de ivermectina, o que resultou no afastamento do então secretário Luiz Antônio Possas de Carvalho.
“As primeiras, os inquéritos não viraram denúncias ainda. Aquela de 2020, contra o secretário Luiz Antônio, não virou inquérito; contra o secretário da Educação, Alex [Passos], também não virou inquérito e foi trancada no Tribunal de Justiça. Marcus Brito não virou inquérito, Antenor Figueiredo não virou denúncia. São quatro secretários que a própria Justiça já os autorizou, inclusive, a voltar a exercer qualquer cargo, emprego ou função pública. Ou seja, não se detectou nada em relação a eles”, disse.