Emanuel pretende aproveitar espaço da CPI para provar calote de R$ 240 milhões

Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), disse que vai provar na Justiça que o Governo do Estado deve ao Município, somente na área da Saúde, cerca de R$ 240 milhões. Em entrevista ao jornal MT1, da TV Centro América, Emanuel voltou a comentar que Cuiabá “carrega nas costas” as demandas do Estado e, com isso, sobrecarrega o sistema. A entrevista foi ao ar nesta segunda-feira 13 de fevereiro.

O emedebista também voltou a criticar a intervenção na Secretaria Municipal de Saúde, mas reconheceu que a pasta enfrenta problemas na capital.

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“Em Cuiabá, a Saúde tem problema? É claro que tem! Não vou dizer aqui que vivemos no melhor do mundo, mas a saúde do Estado está maravilhosa? O SUS nacional está maravilhoso? Graças a Deus que Mato Grosso tem a saúde de Cuiabá funcionando. Hoje, se você for no HMC ou no São Benedito, nós temos quase 50% dos pacientes do interior do estado”, destacou.

Emanuel ainda aproveitou o espaço para afirmar que vai provar a existência da dívida durante os trabalhos da CPI da Intervenção, já apresentada na Câmara Municipal de Cuiabá. Para ele, o “calote” do Estado se dá por causa da richa com o governador Mauro Mendes (União Brasil).

“Oitenta por cento desse débito é só no período do governador Mauro Mendes que por algum problema pessoal ou político, isso jamais poderia prevalecer porque nosso compromisso é com Cuiabá e com a população, ele não paga. Eu não deixo de atender porque é uma vida, então não deixo de atender”, comentou.

“INVERDADE”

O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, rebateu a informação do prefeito, negando a existência da dívida. Ele comentou que Emanuel usa o caso para usar como cortina de fumaça sobre a má administração que acontece na pasta.

“É uma fabricação de fake news para colocar uma cortina em cima da realidade que é a má administração realizada na gestão desse prefeito. Existem os órgãos de controle que estão aí para detectar isso, a invenção de criar crédito em cima de serviço que não prestou, que não realizou, parece que já virou rotina nessa gestão do prefeito”, disse.

Gilberto comentou que o caso foi encaminhado para Justiça para que seja apontado se há algum débito do Estado com Cuiabá.

“Esse número, com certeza, ele deve ter cometido um equívoco, isso deve ser o que ele está devendo para os fornecedores que não paga”, frisou.



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