Família de rapaz de 28 anos morto cobra solução para o crime: “Angústia”

 

Mais de 50 dias após o assassinato de Ozeilton da Silva Duarte, 28, e sua namorada Ana Flávia Camargo Figueiredo, 22, em Cuiabá, familiares ainda não têm informações sobre o caso e relatam dias de angústia.

O casal foi morto a tiros na madrugada de 12 de dezembro, no Bairro João Bosco Pinheiro, em Cuiabá. O corpo de Ozeilton foi encontrado em uma rua e o de Ana Flávia a cerca de 100 metros, na quitinete onde moravam.

A gente fica naquela angústia, sem saber o que houve. Está muito recente e é uma coisa que incomoda muito

“A gente fica naquela angústia, sem saber o que houve. Está muito recente e é uma coisa que incomoda muito”, disse Laura Fernanda, irmã de Ozeilton.

Nascido em Altamira (PA), ele tinha se mudado para Mato Grosso há cerca de 4 anos em busca de trabalho, até que conseguiu se fixar em Cuiabá e foi empregado em um lava-jato.

Reservado, ele revelava pouco sobre sua vida pessoal, e não tinha perfis em redes sociais, mas sempre manteve contato com a família, principalmente a mãe, que ficou no Pará.

Segundo Laura, apesar do relacionamento do casal ser recente, tendo entre 6 e 7 meses, eles decidiram morar juntos na quitinete. Ana Flávia teria ficado grávida nesse meio tempo, mas acabou sofrendo um aborto espontâneo um mês antes do crime.

Além do sofrimento de lidar com a perda do irmão, ela contou que tem tido dificuldade em contatar as autoridades da Capital. Segundo ela, as únicas informações que teve sobre o caso foram obtidas através da imprensa.

“Mais de uma pessoa disse que ele tinha tido uma discussão em um bar, e que foi isso que ocasionou. Mas a gente está assim, sem saber o que aconteceu”, disse.

“Algumas pessoas comentam que foi acerto de contas, que foi facção, mas nós não sabemos ao certo porque nós não tivemos nada da parte da delegacia. Nada mesmo”.

Laura relatou que foi comunicada da morte do irmão por um conhecido de Ana Flávia e, após isso, ela ligou no IML (Instituto Médico Legal), através do qual conseguiu dois contatos, mas que seriam inexistentes.

“Tem mais ou menos uma semana que eu estou tentando de novo tentar contato com a delegacia, e eu não consigo. Liguei de novo para o IML para saber se tinham outro telefone, mas eles disseram que não”, contou.

“Liguei para a Prefeitura e para a funerária… Os números que consegui foi porque eu fui atrás, mas não tive êxito. A gente sente o desejo que seja feita a justiça. O que a família quer é que a pessoa que fez isso seja punida”.

O MidiaNews procurou a Polícia Civil para obter informações sobre as investigações. A corporação disse, no entanto, que não pode passar informações para não atrapalhar a investigação.

Mídia News