Ibaneis pede que apoiadores não façam atos por seu retorno

Governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) falou neste sábado de Carnaval (18) que confia na Justiça e pediu que seus apoiadores não participem de movimentos exigindo a volta dele ao Palácio do Buriti.

 

Uma manifestação com essa pauta foi marcada e preocupou a segurança local por receio de novos conflitos em Brasília, após os atos golpistas de 8 de janeiro.

 

“Tenho visto que algumas pessoas querem preparar atos públicos de apoio a mim, mas peço que não o façam, que confiem na Justiça como eu confio e que aguardem a apuração dos fatos com a calma e serenidade que o momento exige”, disse Ibaneis Rocha em post nas redes sociais.

 

A vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), assumiu o cargo de Ibaneis no mês passado.

 

Veja a cronologia do afastamento de Ibaneis:

 

– 13 de janeiro: Moraes abriu inquérito para apurar a conduta de Ibaneis e de Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança do DF, durante os atos golpistas do dia 8 de janeiro.

 

– No mesmo dia: O governador afastado prestou depoimento à Polícia Federal e disse que a responsabilidade de garantir a segurança na capital federal era integralmente da Secretaria de Segurança, ocupada por Torres.

 

– 20 de janeiro: A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de Ibaneis Rocha e na casa do ex-secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal Fernando de Souza Oliveira.

 

– 23 de janeiro: A Polícia Federal recebeu o celular do governador afastado. – 9 de fevereiro: Parte das mensagens encontradas foram divulgadas e, nisso, a polícia concluiu que Ibaneis não agiu para mudar o planejamento da Segurança Pública frente ao anúncio dos atos de bolsonaristas, e que também não impediu que as forças policiais agissem para conter os invasores dos Três Poderes.

 

– Horas mais tarde, a defesa dele pediu ao STF para que Ibaneis tivesse “imediato retorno” ao cargo. 



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