Defesa de brasileiro que foi flagrado com carne humana diz que suspeito é inocente
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A defesa de Begoleã Fernandes, de 26 anos, preso na noite de segunda-feira (27) no Aeroporto Internacional de Lisboa, em Portugal, diz que o mineiro agiu em legítima defesa, transportou carne humana e documentos na mala para provar sua inocência e fazer a identificação dos envolvidos.
Ainda segundo o advogado indicado pela família, ele fugiu da Holanda para evitar que fosse morto. A tese seria comprovada por um ferimento na mão direita dele, sofrido após agarrar a faca para se defender.
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A defesa, contudo, não explicou como o transporte de carne humana provaria a inocência do suspeito. Questionado, o advogado também não explicou por que o cliente temia ser morto, nem por quem.
Relembre:
Begoleã foi preso por falsificação de documentos, informação repassada pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Segundo o SEF, o suspeito pretendia viajar com destino a Belo Horizonte.
Na tentativa de viagem, apresentou um cartão de identidade italiano, além de portar outros documentos de identificação em nome de terceiros, o que levantou suspeitas.
Após contato com as autoridades da Holanda, país onde o homem morava, o SEF confirmou que se tratava de um suspeito de praticar um homicídio na noite do último domingo (26), no norte de Amsterdã.
“[A legítima defesa é] comprovada através do agarrar a lâmina com a mão direita para impedir que fosse morto, e a prova continua bem visível na mão direita. Só tentou fugir da Holanda, mais uma vez, para evitar ser morto”, afirmou o advogado contratado pela família de Begoleã.
Carla Fernandes Pimentel, mãe de Begoleã, disse que os pais estão em contato constante com o filho em Lisboa.
“Estamos há muitos dias resolvendo trâmites formais, ontem eu resolvi falar, não a fins jurídicos, mas em defesa do que é o menino, do que é o meu filho, do meu filho que eu conheço, mas agora o advogado já falou com ele, está no decorrer de todo o processo em defesa dele porque foi legítima defesa”, disse Carla.
O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Lisboa, informou que tem mantido contato com as autoridades portuguesas para dar a assistência cabível ao brasileiro, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação do Brasil.
O g1 também procurou a Polícia Judiciária de Portugal e o Instituto de Medicina Legal de Lisboa sobre o andamento da investigação e aguarda retorno.