Delegado: acusado de matar menor mostrou frieza e zero remorso
O delegado Breno Houly Palmeira afirmou que José Edson de Santana, investigado por matar o filho da ex-namorada de apenas 5 anos, demonstrou frieza durante depoimento à Polícia e aparentou não ter nenhum remorso por ter cometido o crime.
O autor desse crime bárbaro era uma pessoa que estava dissimulando, ajudando nas buscas. Ele já sabia que a criança estava morta e ficava ajudando
“O autor desse crime bárbaro era uma pessoa que estava dissimulando, ajudando nas buscas. Ele já sabia que a criança estava morta e ficava ajudando”, afirmou o delegado.
José só confessou a autoria do crime ao ser confrontado com imagens de câmeras de segurança que mostravam ele levando o menino na garupa de uma motocicleta.
Apesar da confissão, ele enganou os policias quanto ao local em que o corpo foi deixado.
Foram dois dias intensos de buscas no Rio da Comunidade Zé Reis, com o apoio do Corpo de Bombeiros, mergulhadores e até de policiais de folga.
“Ele deu o ponto errado e nos levou depois da comunidade Zé Reis, na primeira ponte”.
Em posse de novas imagens, os investigadores descobriram, então, que o homem não passou por onde alegou.
“Vimos que ele estava mentindo quanto à localidade do corpo. Então, a investigação foi em outra localidade onde veio a confirmar de que o corpo tinha sido encontrado próximo à pista de motocross”, disse.
Confiança de enteado
Segundo o delegado, José se aproveitou da confiança que o filho da ex tinha nele para levá-lo.
Ele acreditaria que o filho falecendo ela ficaria muito frágil e iria segui-lo
“No primeiro momento, a mãe da vítima negava acreditar que ele poderia ser um suspeito. Ela disse que o rapaz era bom com as crianças e que elas tinham confiança nele. Exatamente, as crianças tinham confiança nele”.
Apesar de detalhar o crime, José não revelou a motivação.
O delegado, no entanto, acredita que a motivação seja uma vingança e que o objetivo era fragilizar a mãe do menino, sua ex-namorada, para que ela fosse embora para Pernambuco com ele.
“A princípio a gente consegue ver que, talvez, trate-se de uma vingança. O pai da criança tinha um vinculo com a mãe e ele queria que essa mãe fosse embora para Pernambuco com ele e por causa dos filhos ela não conseguiria romper esse vínculo aqui”, explicou.
“Ele acreditaria que o filho falecendo ela ficaria muito frágil e iria segui-lo”.
José já tinha uma passagem comprada para o estado nordestino.
A causa da morte da criança ainda será apontada pelo exame de necropsia. Diante do estado avançado de decomposição do corpo do menino, não foi possível apontar a olho nu se haviam marcas de lesão.
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