Delegado alvo da Polícia já foi investigado em outra operação
Reprodução
Alvo da Operação Renegados III nesta manhã de terça-feira (21), o delegado aposentado Douglas Turíbio Schultze já foi investigado em outra ação da Polícia Civil, instituição pela qual se dedicou por anos. Em 2020, ele foi alvo de busca e apreensão na Operação Insídia, por supostamente atrapalhar as investigações sobre o desaparecimento e morte de seis pessoas.
À época, a Polícia investigava os crimes de homicídio cometido contra seis pessoas, além de cárcere privado, constituição de milícia privada, corrupção ativa e passiva. A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) apurou na época que o delegado só teria iniciado as buscas 48 horas depois de elas terem sido mortas em uma fazenda no município de União do Sul (644 km de Cuiabá).
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O crime teria acontecido no dia 18 de abril de 2020 e como resultado da operação, um empresário, um produtor rural e três policiais militares foram presos. As vítimas, segundo investigações, teriam o objetivo de roubar a fazenda e o dono da propriedade rural teria contratado os três policiais militares para executá-las.
Além do delegado aposentado, outras três pessoas, Karoline Magalhães, Ronaldo Miranda e Samara Nunes também foram alvos de busca e apreensão
Renegados 3ª Fase
Os alvos da Polícia na 3ª Fase da Operação Renegados e que estão com os mandados de prisão expedidos são os policiais Alan Cantuário, Edilson A. Da Silva, Frederico Eduardo, Júlio Proença, Paulo da S. Brito e Rogério da Costa.
Além dos policiais, o ex-servidor público, Domingos Sávio, a ex-estagiária da Polícia Civil, Natália Regina, Kelle Arruda e Samara Nunes também tiveram seus mandados de prisão expedidos.
Conforme informações da Polícia Civil, a operação se fundamenta na continuidade da investigação conjunta realizada em Procedimento de Investigação Criminal (PIC) instaurado pelo GAECO e em Inquérito instaurado pela Corregedoria-Geral da Policial Civil. A investigação busca desarticular uma organização criminosa composta, dentre outros membros, por policiais civis e informantes do grupo.
Os elementos informativos e provas colhidos durante as investigações, demonstraram que a organização criminosa era comandada por policial da ativa, o qual se utilizava de técnicas de investigação com o uso de equipamentos da Polícia Judiciária Civil, além da facilidade de ser chefe de operação de uma delegacia da Capital, para facilitar e encobrir as ações criminosas do grupo.
As ações praticadas pelos investigados envolvem a prática de crimes graves como concussão, corrupção, peculato, roubo e tráfico.