Grupo era violento e fazia reféns para fugir com carros roubados
A Polícia Civil deu detalhes sobre as ações violentas dos criminosos especializados em roubos de caminhonetes na Capital e região metropolitana, alvos da Operação Terminus, deflagrada nesta terça-feira (28).
As vítimas, em sua maioria, eram mantidas reféns pelos criminosos para dar mais tempo na fuga antes da comunicação do crime.
Esse grupo praticava roubo com restrição de liberdade em que, por vezes, eles mantinham a família refém para que não houvesse a comunicação daquele crime, porque daí nem precisa trocar a placa
“Esse grupo praticava roubo com restrição de liberdade em que, por vezes, eles mantinham a família refém para que não houvesse a comunicação daquele crime, porque daí nem precisa trocar a placa”, explicou o delegado Maurício Maciel Pereira Júnior.
Três dos cinco alvos com mandados de prisão foram localizados e presos; outros dois seguem foragidos. A dupla foi identificada como o líder e coordenador da facção. A liderança tinha conexões com uma organização do Rio de Janeiro, na favela da Maré.
Formam emitidos também sete mandados de busca e apreensão nas residências dos envolvidos.
Os investigadores identificaram que não se tratavam de casos isolados e, sim, de uma verdadeira organização criminosa com funções e responsabilidades bem estabelecidas. Os crimes atribuídos ao grupo datam de 2020.
“Eles se valiam de documentos falsos, locavam imóveis para fazer a primeira receptação, ocultar os veículos pouco após os roubos. Adulteração de sinais localizadores, viabilizando o transporte para o destino final, muitas vezes para a Bolívia”, disse o delegado.
Segundo ele, a criminalidade é muito “dinâmica” e os membros foram se adequando ao passar do tempo, no entanto mantinham um modus operandi estabelecido.
“Sempre após os furtos e roubos eles levavam esse veículo para um primeiro local de ocultação. Ali eles trocavam a placa. Essa é forma mais grosseira, o que já impede, em certa medida, o monitoramento”.
Os criminosos realizavam a clonagem, ou seja, colocavam placas do mesmo veículo, modelo e cor, para aparentar que aquele era o veículo, dificultando a fiscalização.
O principal interesse era em caminhonetes pela facilidade em “passar” esses veículos de origem ilegal à Bolívia.
Segundo o delegado Gustavo Garcia, a Polícia Civil vem atuando de forma incisiva na “repressão a esses crimes que causam intranquilidade, que geram insegurança e deixam cicatrizes na sociedade. São atos violentos”, disse.
O objetivo, segundo ele, é descapitalizar a organização para coibir de forma integral a prática desses crimes, que contam um uma estrutura articulada.
“Não é só prender aqueles que executam os roubos e furtos praticados na Capital, mas também aqueles usados na logística do crime, atividade extremamente importante que fomenta essa criminalidade violenta”, afirmou.
A ação foi comandada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERFVA), com apoio da Gerência de Operações Especiais (GOE),
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