Juiz aceita denúncia e determina avaliação psicológica de réus

A Justiça recebeu a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra os dois jovens acusados de matar o assessor parlamentar Wanderley Leandro Nascimento da Costa, de 36 anos, em Cuiabá.

 

Agora, Murilo Henrique Araújo de Souza, de 18 anos, e o comparsa, Richard Estaques Aguiar Silva Conceição, de 19, que eram amantes de Wanderley, passam a ser réus pelos crimes de homicídio qualificado mediante asfixia, ocultação de cadáver e furto. Ambos estão presos.

 

A decisão é assinada pelo juiz Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, e foi publicada nesta terça-feira (21).

 

Na mesma decisão, o magistrado também determinou que os réus sejam submetidos a avaliação psicológica.

 

“A denúncia narra com perfeição a ocorrência dos delitos delitos, apresentando indícios da autoria imputado aos denunciados, eis que, são confessos das práticas delituosas, além do que, em vários depoimentos, relatórios de investigações e vídeo do réu Murilo, se constata de forma bastante clara a existência desses indícios”, escreveu o juiz.

 

“Dessa forma, recebo a denúncia por satisfazer os requusitos do art. 41 do CPP, até porque não vislumbro a ocorrência de nenhuma das hipóteses do art. 395 do mesmo diploma legal citado”, decidiu. 

 

O caso 

 

Wanderley desapareceu no dia 16 de fevereiro, após sair de casa em seu veículo Chevrolet Traker.

 

Segundo a Polícia Civil, depois disso, os dois acusados do crime foram até a casa da vítima, no bairro São João Del Rei, e pegaram uma TV 70 polegadas.

 

Durante a investigação, os policiais receberam informações de que o veículo da vítima havia passado em um pedágio sentido a Sinop.

 

Com base na informação, foi possível identificar os suspeitos e prendê-los.

 

De acordo com o delegado Hércules Batista Gonçalves, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o assassinato foi uma “vingança” dos acusados, depois que a vítima assediou os parentes deles, menores de idade.

 

As investigações, conforme o delegado, demonstraram que o servidor mantinha envolvimento com menores de idade e oferecia dinheiro a eles para manter relações sexuais.

 

Wanderley trabalhava com o deputado Wilson Santos (PSD).

 

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